Por Patrícia Nayara Estevam*
Olá, leitor!
Nos dias atuais, após inúmeras pesquisas científicas desenvolvidas tendo como foco nosso o intestino, não podemos mais vê-lo simplesmente como um órgão excretor. Ele pode ser definido como um “maestro” que participa e influencia de maneira direta de toda uma orquestra chamada corpo humano.
Já diziam os chineses “a saúde começa pelo intestino”, que hoje é considerado nosso segundo cérebro. São vários os fatores que contribuem para que essa célebre frase se torne cada vez mais verdadeira, por exemplo:
• É no intestino que é produzida a maior parte da serotonina do nosso corpo (aquele hormônio que nos dá a sensação de alegria e bem estar, lembra?);
• O número de bactérias que compõem nossa microbiota intestinal é 10 vezes maior que o número de células que constituem o corpo humano. Será que necessitaria de tudo isso se elas não cumprissem alguma função muito importante em nosso organismo? Reflita.
Chamada anteriormente de flora, a microbiota intestinal é formada por um conjunto de microrganismos que habitam este órgão. Em seu estado normal (simbiose) evita que microrganismos causadores de doenças se multipliquem. Por outro lado, se houver qualquer mudança nesse equilíbrio (disbiose), ela fica vulnerável ao crescimento de fungos e outros patógenos, induzindo processos inflamatórios e também infecciosos.
A disbiose portanto, é um desequilíbrio da microbiota do intestino, onde ocorre o predomínio de bactérias más em comparação com as benéficas. Trata-se de um distúrbio cada vez mais comum na população brasileira e que pode se manifestar em qualquer fase da vida.
Os principais sintomas manifestados na disbiose são excesso de gases, distensão abdominal, diarreia ou constipação. Além disso, ela está relacionada com o desenvolvimento de complicações como a obesidade e doenças autoimunes.
Quais são as causas da disbiose?
As principais causas da disbiose são o uso indiscriminado de medicamentos (principalmente os antibióticos, os anti-inflamatórios e os laxantes); o consumo excessivo de alimentos processados e ultraprocessados; e o estresse do dia a dia.
Tenho disbiose. O que fazer?
• Siga uma dieta rica em nutrientes e balanceada, de acordo com suas necessidades;
• Reduza o nível de estresse, fazendo atividades que promovam tranquilidade e relaxamento, como a meditação ou ioga;
• Evite álcool, frituras, cafeína, comidas apimentadas, alimentos processados e ultraprocessados;
• Faça de alimentos in natura e minimamente processados a base de suas refeições diárias;
• Tente dormir melhor: estudos mostram que alterações no padrão de sono podem interferir diretamente na saúde do intestino.
Por fim, procure um profissional nutricionista para auxiliá-lo em suas escolhas alimentares, promovendo assim, melhora na saúde intestinal e no organismo como um todo. Ele também poderá te instruir sobre o consumo de pré e probióticos.