Lavínia, oito anos, tem uma doença na visão que ainda está sendo investigada pelos médicos
CARATINGA – Lavínia Gomes dos Santos, de apenas oito anos, sofre por não conseguir abrir os olhos há um ano. A menina tem uma doença na visão que ainda está sendo investigada por médicos, e não tem um diagnóstico fechado.
Beatriz Aparecida Gomes dos Santos, 39 anos, mãe de Lavínia e de outra menina de cinco anos, separada do marido, precisou parar de trabalhar para cuidar da filha. “Há um ano venho fazendo o tratamento dela, porque ela estava na escola aí a professora falou pra mim que ela estava muito agressiva, saindo de sala, muito desconcentrada na escola. Tivemos uma reunião, com a professora, a diretora, aí me disseram que ela precisava de um psicólogo, porque não estava prestando atenção na matéria direito, chamei a atenção dela, conversei com ela, mas percebi que havia algum problema”, contou Beatriz.
Quando a filha começou a apresentar comportamento diferente, Beatriz percebeu que deveria procurar um médico, já que ela não conseguia abrir os olhos. “O médico disse que ela precisava de um especialista. Comecei a pagar um plano e fazer o tratamento dela, os professores não tinham notado que o problema era nos olhos. Procurei outro médico, ele me disse que o problema seria na córnea, aí ele fez vários exames e pediu pra gente fazer o tratamento, disse que era muito lento, mas veria se tinha alguma solução para o problema dela. Ficou muito caro, a pomada dela vem de Belo Horizonte, é R$ 106,00, mais R$ 35,00 de frete, tem também o colírio que é R$ 96,00”, contou a Beatriz com muita tristeza.
Beatriz disse que quando percebeu que não conseguia manter os gastos médicos foi para o SUS (Sistema Único de Saúde), e uma médica disse que sua filha deveria fazer exame para detectar uma possível alergia. “A Lavínia não consegue abrir os olhos na claridade, um deles está mais atingido, então ela fica nervosa, agressiva, quando se levanta acaba caindo” conta em lágrimas.
Na próxima quarta-feira (7), Beatriz levará a filha para consultar em Belo Horizonte pelo SUS.
Como a doença de Lavínia ainda não tem um diagnóstico fechado, a toda a medicação pode ser mudada, Beatriz pede por enquanto ajuda com frutas, verduras e roupas de frio para as filhas. “Preciso também de ajuda para a viagem, pois não sei quando tempo vou ficar, estou precisando também de agasalhos para as crianças, calçados fechados, meias para esquentar os pesinhos delas, está muito frio, a Lavínia sente muito frio. Frutas e biscoitos também, até ganhei cestas básicas, mas a Lavínia precisa comer frutas, verduras, ela gosta de biscoitos, e como ela está muito ansiosa pede para comer o tempo todo”, disse a mãe.
Outra preocupação de Beatriz é quanto a sua moradia. Atualmente elas residem na rua Quintino Bocaiúva, número 710, no bairro Anápolis. “Aqui dentro chove tudo, o banheiro é do lado de fora, tem muito mofo, e a Lavínia precisava ficar em um local que não provocasse alergia, mas eu não tenho condições de pagar um aluguel de mais de R$ 200,00. O meu aluguel está sendo pago por pessoas que me ajudam”.
Assim que Beatriz voltar de Belo Horizonte com a filha uma nova reportagem será feita para informar como será o tratamento. Mas por enquanto, quem desejar ajudar a família com agasalhos, frutas e verduras, o número do telefone da mãe de Lavínia (33) 99954-0514. Quanto a calçados, a filha de Beatriz que tem cinco anos calça número 28, e Lavínia, 32.