CARATINGA – Para muitas pessoas, fazer uma faculdade pode significar simplesmente buscar o conhecimento de determinada ciência. Mas por trás de toda profissão, existem alguns valores fundamentais que também precisam ser tratados numa formação acadêmica. Afinal, “nem só de ciência se faz a cura” na Medicina, como afirma cardiologista gaúcho Protásio Lemos da Luz. Então, o que é ser médico? Essa foi a reflexão feita por João Carvalhido Gaspar durante uma palestra na quarta-feira (01), no Auditório Celso Simões Caldeira. Ele foi convidado pelos professores do curso de Medicina do Centro Universitário de Caratinga (UNEC) para recepcionar os alunos na volta às aulas desse segundo semestre de 2018.
O tema abordado foi ética e humanização. Segundo ele, trata-se “da boa relação entre médico e paciente, médico e família, da importância de acolher bem o paciente. Enfim, de tudo que representa a ética e o humanismo do profissional da Medicina, junto com a capacitação científica e com a competência tecnológica”. João Gaspar se formou pela Universidade Federal de Juiz de Fora. É pediatra, professor e faz parte do Conselho Regional de Medicina. Ele acredita que se tornar médico seja assumir uma nova vida dedicada a outras vidas. “E fazer isso com competência, atualização, zelo, querendo que o paciente se reestabeleça e tenha uma qualidade de vida melhor possível”, complementa o palestrante.
Na visão do coordenador do curso, o médico e pediatra Diogo Pena Moreira, é também papel da instituição se preocupar com esses temas no ambiente acadêmica. “No UNEC, prezamos muito isso nos nossos alunos. A gente vem preparando a cada semestre a aula inaugural porque estamos buscando sempre melhorar nosso ensino, juntamente com o CASU e o Centro de Reabilitação. A cada dia temos adquirindo resultados melhores”, afirma. “O CASU tem demonstrado isso. Muitos ex-alunos nossos estão lá, com o maior carinho e dedicação aos pacientes. É como um sonho realizado”, declarou o reitor do UNEC, professor Antônio Fonseca.
Para alguns alunos, o fim das férias pode até ser como outro qualquer. Mas para esses estudantes que participaram da aula inaugural, o novo período começou de uma maneira bem diferente. “Serviu para termos um parâmetro de conduta. Sempre é bom nos pautarmos na ética, isso traz gratificação ao paciente, o fundamental”, disse o estudante do 4º período, Túlio Albuquerque. “Ensina-nos a sermos mais humanos diante dos obstáculos que vamos enfrentar na vida”, também comentou a aluna do 8º, Bruna Marques da Silva.