Objetivo é prestar assistência ao recém-nascido
CARATINGA – A maternidade Grimaldo Barros de Paula está com mais um projeto. Foi implantada a fisioterapia em sala de parto. Segundo o fisioterapeuta Wanderson Fagner Gomes, este projeto foi desenvolvido pelo anseio de intervir mais precocemente na população neonatal ainda em Sala de Parto, “particularmente nos prematuros, na tentativa de mudar o desfecho da recepção desses recém-nascidos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, reduzindo os fatores de risco para a mortalidade infantil”.
Segundo Wanderson Fagner, que é também coordenador do Serviço de Fisioterapia do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, a prematuridade representa um desafio na assistência perinatal, necessitando de avanços tecnológicos e contínuo treinamento para lidar com esta condição. “No Brasil acontecem aproximadamente 350 mil partos prematuros ao ano, que são decorrentes de complicações que levam à interrupção da gestação, sendo considerada uma gestação de alto risco”, explica o coordenador.
Diante desse quadro, a Maternidade do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora é referência para Caratinga e região a gestante, parto e recém-nascido de alto risco “prematuro” pelo Sistema Único de Saúde (SUS), “pois conta com uma retaguarda de leitos de UTI Adulto para a gestante ou puérpera e UTI Neonatal para o recém-nascido, tendo uma equipe formada por enfermeiros, fisioterapeutas e médicos que prestam assistência especializada nesta área”.
Quando se trata do paciente neonatal, a fisioterapia tem grande protagonismo na sobrevida dessa clientela. “No que concerne, a implantação do Serviço de Fisioterapia em Sala de Parto, está embasada na capacidade desses profissionais intervir junto aos médicos pediatras nas manobras de reanimação neonatal, pois quando executada por profissionais capacitados reduz o risco de complicações agudas como a hipóxia e a hemorragia intra-periventricular”, explica o coordenador.
De acordo com o fisioterapeuta Wanderson Fagner, outro papel importante da fisioterapia é o de poder iniciar a ventilação mecânica não invasiva “CPAP” e invasiva de forma precoce em Sala de Parto e durante o transporte do recém-nascido até a UTI Neonatal, “que quando realizada ainda na Sala de Parto e no transporte reduz a necessidade de ventilação mecânica invasiva na UTI, diminui a dependência de oxigênio e consequentemente reduz risco do recém-nascido de desenvolver broncodisplasia pulmonar, doença a qual pode repercutir durante toda a infância”.