Ele é acusado por uma série de homicídios praticados em dezembro de 2014, na Comunidade Santa Isabel
CARATINGA – Acontecerá nesta quinta-feira (23), a sessão do Tribunal do Júri de Marcos Gumercino Nascimento, 28 anos, o “Marquinhos Gogó”, acusado de uma série de crimes praticados num período de 20 dias, durante o mês de dezembro de 2014, na Comunidade Santa Isabel.
Marquinhos Gogó foi preso no dia 23 de dezembro de 2014. Ele é suspeito de participação no assassinato de Wilson Felipe Alves, vulgo “Migão”, morto com um tiro no peito no dia 11 de dezembro e de matar Diego Batista Dias, o “Dieguinho”, que levou um tiro na cabeça e outro no peito no dia 13; Silvio Carlos de Sousa, que levou dois tiros durante a festa de natal do Bairro Doutor Eduardo, no dia 21 e Nelson Teodoro da Silva, alvejado por quatro tiros a poucos metros de casa no dia 22.
A prisão de Marquinhos exigiu um intenso trabalho da Polícia Militar, que localizou o acusado em uma casa abandonada. Na época, a comunidade vivia a sensação de pânico, principalmente, devido aos comentários de que ele teria elaborado uma lista com nomes de outras seis pessoas para serem exterminadas.
O preso tem um histórico polêmico e seu comportamento deixava a suspeita de que ele sofre de problemas psicológicos. Em janeiro do ano passado ele foi transferido para o Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena e no mês de maio foi transferido novamente para o presídio de Caratinga.
Posteriormente, foi transferido para um presídio da cidade de Contagem, onde ainda permanece. Em outubro do ano passado, quando participava de uma audiência no Fórum Desembargador Faria e Sousa, provocou tumulto, chegando a urinar e espalhar a marmita, enquanto aguardava para ser ouvido. Ele passou por um teste de insanidade mental, mas ainda não se sabe o resultado.
CRIMES E MOTIVAÇÃO
Segundo a sentença de pronúncia assinada pelo juiz Walter Zwicker Esbaille Júnior, os crimes praticados começaram no início do mês de dezembro de 2014; quando, segundo informações, Gogó teria emprestado uma arma de fogo a Itamar Batista Pereira, para que matasse Wilson e lhe acompanhado até o local do crime. Em setembro do ano passado, Itamar teve a prisão revogada e o alvará de soltura expedido. Em maio deste ano, o juiz também decidiu por revogar a prisão de Marquinhos, no entanto a carta precatória não foi cumprida, devido aos outros crimes que ele responde.
Já o crime contra Diego teria sido motivado por uma dívida de drogas no valor de dez reais. No caso de Silvio Carlos, Marquinhos teria dito à Polícia que cometeu o ato porque a vítima seria “pedófilo”. Já às 21h55 do dia 22, Marquinhos teria pulado o muro do quintal da residência de Nelson; situada na Rua Radialista Nailton Gomes, Bairro Esperança, por acreditar que a vítima era praticante de macumba; e efetuado vários disparos de arma de fogo contra ele.