Liberado na Costa Rica, foragido da justiça de Ipatinga é preso na Colômbia

A polícia da Colombia prendeu, na madrugada desta terça-feira (15), Alef Teixeira de Souza na Costa Rica, de 29 anos. Ele é procurado pela Interpol e chegou a ser preso domingo (13) na Costa Rica, quando supostamente estaria em fuga rumo aos Estados Unidos. A informação foi confirmada ao Diário do Aço pelo Ministério Público Estadual. Como a Costa Rica não tem tratado de extradição com o Brasil, Alef acabou liberado e foi preso novamente pala Interpol quando ele desembargou em um voo em Bogotá. Nesta segunda-feira, o advogado Bruno Luís, que atua na defesa de Alef contestou a informação do Ministério Público, alegando que Alef não estaria preso na Costa Rica. O advogado disse que seu cliente não estava preso, mas também alegou que não sabia onde ele estava. Acrescentou que não tinha saído do Brasil e estaria disposto a se apresentar à polícia. A apuração do caso pela reportagem do Diário do Aço, entretanto, mostra outra realidade e aponta que o brasileiro chegou mesmo a ser preso, mas acabou liberado porque o governo da Costa Rica não reconheceu o mandado expedido pela Polícia Federal brasileira. Agora, autoridades brasileiras têm cinco dias, a contar desta terça-feira, para pedir ao governo da Colômbia, a extradição do brasileiro, acusado de um brutal assassinato em Ipatinga. Representantes da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual concederam entrevista coletiva à imprensa regional, na tarde de segunda-feira (14), para detalhar o caso, marcado por grande complexidade. Participaram da entrevista o chefe do 12º Departamento de Polícia Civil, delegado geral Gilmaro Alves; o titular da Delegacia de Homicídios de Ipatinga, delegado Marcelo Franco Marino; e o Promotor de Justiça, Jonas Junio Linhares Monteiro. Conforme já noticiado, Alef é acusado de matar a namorada Rafaella Cristina Miranda Sales, de 34 anos, após agredi-la e aplicar nela uma alta dose de cocaína injetável em 28 de abril passado no bairro Vila Celeste, em Ipatinga. Em entrevista, o delegado Marcelo Franco afirmou que a Polícia Civil recebeu com muita satisfação a informação da Interpol sobre a prisão de Alef pela Interpol. “Ele já estava há bastante tempo com mandado de prisão preventiva expedido. O trabalho de inteligência possibilitou a localização dele fora do país. Ele foi localizado primeiro no Uruguai, onde chegou no dia 15 de junho. Uma vez foragido internacional, foi pedido o procedimento de Difusão Vermelha, que é a colocação dessa pessoa na lista de procurados da Interpol”, explicou. Segundo o delegado, a partir da Difusão Vermelha, os agentes da interpol estão autorizados a atuar na prisão desses indivíduos foragidos internacionais. “Foi o que aparentemente aconteceu. Tivemos a informação do Ministério Público Estadual sobre a prisão dele pela Interpol na Costa Rica, mas já nesta segunda-feira (14) houve a possível informação negativa dessa prisão e a Polícia Civil está aguardando agora novas informações da Interpol”, afirmou. O delegado Marcelo Franco também destacou que de qualquer maneira, a prisão de Alef é prioritária no momento. “Estamos todos empenhados nisso, quer tenha ocorrido ou não, a Polícia Civil tem esse caso como prioritário. E se essa informação da prisão não for verídica, vamos entender como chegou a informação e continuar diligenciando para que esse mandato possa ser cumprido, porque ninguém consegue se esconder por muito tempo do sistema da justiça criminal”, afirmou.

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