(Noé Neto)
O mês de abril possui diversas comemorações voltadas ao livro. Em 2 de abril se comemora o dia internacional do livro infantil. A celebração prossegue no dia 18 de abril, dia nacional do livro infantil, uma homenagem ao grande escritor Monteiro Lobato que nasceu em 18 de abril de 1882. Em 23 de abril, conforme decisão da UNESCO, comemora-se o dia mundial do livro.
Cada vez é mais importante se comemorar essas datas, uma vez que, é perceptível que há um afastamento entre o público e esse grande instrumento de transmissão do conhecimento.
Em plena era da comunicação, onde as mídias, principalmente a internet, publicam notícias quase instantaneamente ao fato ocorrido, onde se encontra todo tipo de informação (verdadeira e falsa/ relevantes e irrelevantes), sobre quase tudo, o bom e velho livro vem ficando empoeirado nas prateleiras, as bibliotecas vazias e as livrarias pouco frequentadas. Pode parecer paradoxal, mas estamos convivendo com uma geração que tem acesso amplo e fácil à informação e quase não lê, quase não se informa.
Há poucos anos, ter uma biblioteca era um sonho de consumo, porém, acessível a poucos, afinal os livros eram caros e geralmente requeriam ter um amplo espaço para guarda-los bem. Me Lembro que sonhava com a coleção “Barsa”, que trazia uma grande quantidade de informação e ocupava uma estante inteira e como não podia tê-la passava horas na biblioteca pública municipal estudando por esses livros.
Hoje, podemos carregar uma biblioteca enorme no bolso. Com os e-books, temos o livro no celular, no computador, no tablet, para acesso em qualquer lugar. Com a quantidade de livros de domínio público na internet, podemos encher nosso pen drive e carregar nossa biblioteca para onde formos. Sem falar nos persistentes livros impressos, que atualmente são bem mais acessíveis, e insistem em existir nesse mundo virtual, para aqueles que, assim como eu, não abrem mão do “cheiro de papel”.
O advento da tecnologia da informação, não pode ser de forma alguma encarado como algo negativo, pois definitivamente, não é. A pergunta que não quer calar é: estamos preparados para utilizar as informações transformando-as em conhecimento? Pois, informação e conhecimento são duas coisas bem distintas.
Diante de tudo isso, vejo que comemorar o dia do livro infantil é trazer para nossas crianças a alegria de viajar por mundo encantados, como o do “Sítio” de Monteiro Lobato. É ter a oportunidade de ser um pouco “Maluquinho” junto à Ziraldo e conhecer o “Balão Azul” de Marilene Godinho.
Comemorar o dia do livro é incentivar jovens e adolescentes a serem mais crítico com as informações colhidas aleatoriamente nas redes sociais e não simplesmente crer, mas sim, buscar, conhecer, questionar, ver com os olhos do outro, sentir na pele alheia.
Precisamos sim comemorar todos os esses dias e aproveitar o mês de abril para incentivar a leitura. Como fazer? Seguem algumas dicas:
Que tal doar um livro a alguém, ou a um projeto? Eu sugiro o projeto “Livro na Escola” do nosso amigo professor Walber que tem levado livros a vários jovens de Caratinga e toda a região.
Que tal contar a história de um livro pra alguém? Se não quiser contar o final, fica ainda mais interessante, incentivando-o a ler.
Que tal presentear um amigo com um livro? Muitos bons livros são mais baratos que chocolate e também causam muitas sensações de prazer.
Bom mesmo será se cada um que lê este artigo, aproveitar o mês de abril para também ler um livro. Topa? Fica o desafio.
Acreditando que posso contar com a parceria de sempre do leitor amigo, me despeço desejando um feliz mês do livro e uma boa leitura a todos.
Prof. Msc Noé Comemorável.
Escola “Prof. Jairo Grossi”
Centro Universitário de Caratinga – UNEC
Escola Estadual Princesa Isabel