“Crimes em Copacabana: caçada ao dono da Babilônia” é novo livro de Luciana de Gnone, que faz sessão de autógrafos neste sábado (28) na 4ª Feira Literária de Tiradentes (FLITI)
DA REDAÇÃO – Uma surpresa a cada página, assim pode ser descrito o livro “Crimes em Copacabana: caçada ao dono da Babilônia”, novo livro de Luciana de Gnone, consagrada autora de ficção policial. A obra é de prender atenção e também de tirar o fôlego.
Escritora de ficção policial, autora de seis romances, todos protagonizados por mulheres, a administradora de empresas pós-graduada em Marketing – que viveu 12 anos em diferentes países, como Cazaquistão, Colômbia, México e Costa Rica -, Luciana de Gnone, brasiliense, moradora do Rio de Janeiro, participa com sessão de autógrafos, da 4ª Feira Literária de Tiradentes (FLITI). Luciana lança o livro ‘Crimes em Copacabana: caçada ao dono da Babilônia’ (Letramento), neste sábado (28), às 17h30, no estande Escreva, Garota! na Praça da Rodoviária, centro histórico da cidade mineira de Tiradentes.
Além de autografar sua obra, a escritora pretende participar ativamente nos outros dias. “Quero respirar literatura em um dos cenários mais culturais do nosso país. Além de estar rodeada de livros e de encontrar colegas que admiro, a FLITI me proporcionará uma sensação de pertencimento a qual somente uma festa como essa é capaz de oferecer”, disse Luciana.
O LIVRO
‘Crimes em Copacabana: caçada ao dono da Babilônia’ é um intrigante romance policial narrado no mundialmente conhecido bairro do Brasil, tem pitadas românticas e promete mexer com o imaginário do leitor. A obra é ambientada no início dos anos 80 e apresenta a inspetora Iolanda Braga, da 12ª DP (delegacia de polícia da região), que sai à caça do bandido mais procurado da cidade, após uma fuga cinematográfica.
Quando dois prisioneiros conseguem fugir da delegacia, a inspetora Iolanda é apontada como a responsável pela desastrosa atuação da polícia. Para minimizar os impactos do fiasco policial, ela é obrigada a aceitar a ajuda do inspetor Carlos de Oliveira, por quem cultiva mágoas desde os tempos da Academia. Juntos, eles precisarão deixar as desavenças de lado para recapturar Touro Bravo, bandido poderoso e atuante até́ mesmo atrás das grades. Além das dificuldades da natureza da profissão, ela precisa conviver com os desafios de ser a única mulher em um ambiente predominantemente masculino.
Serviço:
Crimes em Copacabana: caçada ao dono da Babilônia
Autora: Luciana de Gnone
Editora: Letramento
Número de páginas: 136
Preço: R$ 42,90
SOBRE A AUTORA
Luciana de Gnone é escritora de ficção policial, autora de seis romances, todos protagonizados por mulheres, declara sua preferência por ambientar as tramas no Rio de Janeiro, cidade na qual reside há mais de 40 anos, apesar de ser natural de Brasília. Formada em Administração de Empresas e pós-graduada em Marketing, viveu 12 anos em diferentes países: Cazaquistão, Colômbia, México e Costa Rica.
Recebeu Menção Honrosa da Academia de Letras e Música do Brasil (Almub), pelo conto intitulado ‘No Topo do Mundo’, ao participar do Concurso de Contos Almub-2020. É autora associada da Associação Brasileira de Escritores de Romance Policial, Suspense e Terror (Aberst).
Luciana teve seis títulos publicados de maneira independente, sendo que ‘Crimes em Copacabana: caçada ao dono da Babilônia’ está sendo lançado, em 2023, pela editora Letramento. A autora investe na formação do público leitor e produz a newsletter #Evidenciando, que entrega conteúdos variados sobre o entretenimento policial para mais de 140 assinantes. Também administra o perfil @elasinvestigam no Instagram, página dedicada a fãs de entretenimento policial protagonizado por mulheres.
Livros publicados
-Trilogia da Saga de Betina Zetser:
-Súplica em Olhos Mortos (2014)
-Vestígios (2020),
-Delito Latente (2020)
-Evidência 7: Segredo Codificado (2021)
-Aquilo que nunca soube (2023)
A ENTREVISTA
Luciana de Gnone concedeu entrevista exclusiva ao DIÁRIO, onde falou de sua carreira e de seu novo livro. Ainda nos dá uma dica preciosa: “Descobri nas palavras a companhia que aliviava minha saudade”. Eis mais um dos benefícios da literatura.
Ela ainda explica que seus livros sempre proporcionam ao leitor algo mais. “Mais do que escrever histórias para entreter, minha motivação é trazer reflexões sobre temas que desafiam a sociedade contemporânea”.
Uma menina que queria ser aeromoça, mas se formou em Administração de Empresas; porém, se tornou escritora de ficção policial. Como seus sonhos foram mudando no decorrer de sua vida?
Sonhos infantis, muitas vezes, são apenas sonhos infantis. Após fazer o curso de comissária de bordo, percebi que teria que abrir mão de muitas coisas para seguir o plano. Pesei as opções e percebi que não estava disposta a isso. Estudar Administração de Empresas parecia o caminho natural para alguém que não sabia o que fazer da vida. Durante os quinze anos dedicados à vida corporativa, por mais que eu me esforçasse e me entregasse completamente, eu sabia que aquilo não era para mim. Eu esperava ansiosamente pela chegada de cada final de semana e me sentia deprimida a cada fim de tarde de domingo. Lá no fundo, sabia que ainda não havia encontrado meu caminho. A escrita entrou na minha vida em um momento de fragilidade, quando, morando no Cazaquistão, descobri nas palavras a companhia que aliviava minha saudade.
Por que a escolha da ficção policial?
Porque foi através da ficção policial que me tornei leitora. Surpreendentemente, eu não era uma criança que gostava de ler. Nunca tive uma professora de português que despertasse meu amor pelos livros. Foi apenas no final da adolescência que descobri meu gosto pela leitura. Hoje em dia, costumo repetir uma frase aos quatro ventos: ‘A pessoa diz não gostar de ler até encontrar o livro que gosta’. Essa afirmação foi um divisor de águas para mim e para muitas pessoas que conheço. Não acredito em ninguém que diga não gostar de ler.
No caso da ficção policial, como manter o suspense e prender a atenção do leitor?
Através de técnicas de escrita. A narrativa precisa seguir um fluxo de interesse que começa nas primeiras páginas do livro, quando o autor habilmente deixa claro que tem algo valioso para entregar ao leitor, e que vale a pena ler até o final. Em contrapartida, para que esse interesse permaneça, a cada página virada, o leitor precisa ver que está cada vez mais perto de desvendar o mistério. Esse é o combustível para um bom livro policial.
Temos, por exemplo, em “Aquilo que nunca soube”, a questão da alienação parental. Quais temas a senhora aborda em seus livros?
Mais do que escrever histórias para entreter, minha motivação é trazer reflexões sobre temas que desafiam a sociedade contemporânea. Nos meus livros já abordei escravidão moderna, violência contra mulher, transplantes de órgãos, os limites entre a moral e ética. É para isso que eu trabalho, para isso que escrevo.
Sua obra destaca o protagonismo feminino. A senhora já morou no Cazaquistão, Colômbia, México e Costa Rica. Como avalia o protagonismo feminino nestes países e no Brasil?
Por mais incrível que possa parecer, de todos os países que já morei, o Brasil é o mais desenvolvido nesse sentido. Durante esses doze anos, enfrentei e testemunhei situações que materializam a sociedade patriarcal de cada um desses lugares. É inacreditável que ainda precisamos nos submeter a certas situações. Por isso o desejo de enaltecer o poder da mulher, seja na área que for, estará sempre presente nas minhas criações.
A senhora já citou Sidney Sheldon, Dan Brown e Luiz Alfredo Garcia-Roza como seus preferidos. Existem traços desses escritores em sua obra?
Sempre. De uma maneira bem resumida e simplista, posso dizer que adoro inserir romance nas minhas tramas, assim como Sidney Sheldon fazia com maestria. Nos meus livros sempre haverá espaço para suspiros e frio na barriga.
De Brown, me inspiro nas narrativas que beiram a realidade. Com referências reais, suas histórias levam leitores a duvidarem se realmente trata-se de ficção. Também costumo inserir fatos nas minhas tramas ficcionais. Eu adoro essa mistura.
Em ‘Súplica em olhos mortos’, por exemplo, a protagonista que é uma fotógrafa, relata a experiência que teve ao ser a primeira profissional a chegar à Rua Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, no dia 12 de junho de 2000, quando Sandro Barbosa do Nascimento havia sequestrado o ônibus 174, parando o bairro por quase 5 horas.
Em ‘Vestígios’, fiz com que o personagem Bruno quase embarcasse no voo 447 da Air France que caiu a caminho de Paris e, como último exemplo, em ‘Crimes em Copacabana’ descrevi uma cena sobre a sensação que era frequentar a primeira loja do McDonald’s da América Latina, aberta na rua Hilário de Gouveia.
De Garcia-Roza, além da paixão por ambientar histórias no Rio de Janeiro, gosto do tom que ele traz em seus personagens. Espinosa é um delegado aparentemente sério, porém com um senso de humor único, e isso me fascina.
Fernanda Abreu canta ‘Rio 40 graus, Cidade maravilha, purgatório da beleza e do caos’. A senhora é de Brasília, mas sua obra é ambientada no Rio de Janeiro. Por que a escolha desse cenário? Por que o Rio de Janeiro causa tanta fascinação?
Sou natural de Brasília, radicada no Rio de Janeiro desde 1980. Criei-me nesta cidade e a amo com paixão, apesar de todo o caos urbano. Gosto de trazer suas curvas para as páginas dos meus livros, assim como Garcia-Roza fazia e tantos outros artistas também o fazem, seja na música, pintura ou cinema.
O que “Crimes em Copacabana: caçada ao dono da Babilônia” proporciona ao leitor?
O livro promete uma viagem nostálgica a Copacabana em uma década em que as viaturas da polícia eram chamadas de joaninhas. É um resgate da minha infância pelo bairro, além de ser um texto que traz mistério e divertimento ao estilo da série de Glenn Gordon Caronde, ‘A gata e o rato’. Sucesso na segunda metade da década de 1980.