Logo após o fim da II Guerra Mundial, alguns estadistas da Europa começaram a trabalhar no sentido de formar uma união dos países europeus. Foram muitos os encontros entre os líderes dos seis países fundadores. Eles temiam novos conflitos na região que, segundo a história, tem sido palco de muitas desavenças, de pequenos incidentes e conflitos, e que levaram a grandes tragédias.
O movimento foi crescendo. Parecia que havia um cansaço geral de fazer guerra, e a união destes países debaixo de um mesmo governo garantiria mais estabilidade no mundo. E assim foi… até a semana passada.
O Reino Unido, que aderiu à União Europeia em 1973, e que ajudou a dar forma a princípios básicos da vida hodierna em sociedade, fez uma decisão democrática que pode fazer o relógio da paz retroceder.
Contudo, a população jovem do Reino Unido votou a favor da União Europeia. Se o resto da população britânica tivesse olhado o assunto do ângulo histórico, e deixado de lado suas próprias ‘zonas de conforto’, hoje o mundo estaria se sentido um pouco melhor.
Os jovens, talvez por causa do menor tempo de vivência, têm a vantagem de serem mais tolerantes, pacientes, principalmente no que diz respeito à introdução de projetos novos, e difíceis. Eles mostram-se mais abertos para levar tais movimentos adiante, e investem grande esforço para que produzam resultados positivos.
Tive o privilégio de assistir neste final de semana as apresentações da Academia Jovem Concertante na Cidade das Artes no Rio de Janeiro. Esta Academia, que é uma orquestra de jovens músicos amadores de todo o Brasil, foi fundada pela nossa jovem pianista caratinguense Simone Leitão, e que já está em sua quinta edição. Simone recruta jovens músicos de todo o Brasil para participar desse movimento artístico-musical, e que realiza concertos em várias cidades brasileiras. Caratinga também faz parte do seu roteiro.
A última apresentação, no domingo à tarde, foi algo muito pungente. Eu fechava meus olhos, e parecia que estava diante de músicos profissionais, que haviam investido 20, 30, 40, 50 anos de suas vidas, seguindo um ritmo diário de ensaios metódicos e tornando-se capazes de fazer apresentações próximas da perfeição.
Neste Festival, nossa Simone também convida músicos profissionais de renome que, além de participarem nos concertos, passam o resto do tempo com os jovens concertantes, compartilhando suas experiências e passando técnicas e exercícios que influenciarão suas carreiras profissionais. Nossa conterrânea criou uma escola de música que vai de cidade em cidade com sua equipe, e o aproveitamento dos alunos é prodigioso.
Por que estou trazendo isso aqui em nossa coluna da Teologia?
Em primeiro lugar, porque me sinto orgulhoso de nossa representante de Caratinga, que está recebendo os maiores elogios na mídia nacional e estrangeira. Depois, porque ela é um exemplo de como valorizar o jovem, e está desenvolvendo um projeto que vai ajudar a muitos que talvez não tivessem uma oportunidade real.
A música, as artes são áreas muito importantes da nossa vida social. Elas preenchem um espaço muito especial em nossa sociedade, que sofre quase, que diariamente, os efeitos de notícias tristes, desanimadoras, alarmantes, violentas, do mundo real.
Mas há outras áreas que também são de importância para a comunidade, na qual os jovens certamente estarão dispostos a se envolver, a sacrificar seu tempo, se virem sentido e valor, e se eles mesmos forem valorizados pela sua participação, e souberem que serão apoiados, patrocinados para poder FAZER O BEM.
Não posso nem imaginar quanto custa financiar a Academia Jovem Concertante. Mas há patrocínios, há empresas e gente do bem para quem o dinheiro tem um significado diferente, e por isso canalizam uma parcela do lucro para que projetos como este possam ser realizados, e muita gente, de idades variadas, sejam beneficiadas.
Sem investimento não se pode fazer nada.
Disse-me um distinto membro de nossa cidade que nós ainda não aprendemos – como em outras culturas – a ver o valor do investimento em projetos que beneficiam a comunidade, especialmente aquele segmento que tem menos condições financeiras.
Acho que é uma questão de ver além das nossas próprias necessidades…
Neste artigo alguns princípios da Teologia foram destacados, como: a importância do diálogo, o lucro de investir no futuro, a união para o bem geral.
Outro princípio bíblico que está fazendo muito ‘sucesso’ em nosso mundo profissional e empresarial é o do dar: é dando que se recebe, ou então, mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.
Por quê?
De forma muito simples: dar algo que nós prezamos, mas que também é essencial para outrem, produz um dos melhores e mais saudáveis sentimentos tanto de prazer como de bem-estar que o ser humano pode ter.
Pois o dar nos liberta da pressão e opressão causadas pelas coisas. Uma vez livres, iremos ver outras ‘coisas’, muito preciosas, que dinheiro algum pode comprar.
Por exemplo, o reconhecimento. Quanto custa dizer, sinceramente, – Você fez isso muito bem! Ou, – Fiquei muito tocado com o seu desempenho – você é demais!
Como é bom ser reconhecido, não é? Então, é simples: elogie, e você será elogiado!
Cada pessoa precisa saber que ela é importante. Todos anseiam por respeito genuíno, e por um voto de confiança. A Teologia quer ser essa voz unida às outras da sociedade, que reconhecem o valor de cada um, e que zelam pelo bem de todos.
VENHA SE JUNTAR A NÓS – MATRÍCULAS ABERTAS para o curso de T E O L O G I A.
Passe na nossa Secretaria para iniciar o processo de matrícula. Visite nosso site WWW.doctum.edu.br ou ligue para (33)9-9915-9002 ou (33)3322-6226. A FACTUAL – Faculdade de Teologia de Caratinga Uriel de Almeida Leitão é mantida pela Rede de Ensino DOCTUM.