Instituições realizam blitz educativa alusiva ao enfrentamento da violência doméstica

Blitz educativa foi realizada na praça Getúlio Vargas

CARATINGA – Polícias Militar e Civil, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Prefeitura de Caratinga realizaram nessa quinta-feira (31/8), uma blitz educativa findando o Agosto Lilás, que teve por objetivo reforçar as medidas de enfrentamento à violência doméstica.
A sargento Cássia, que integra a Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica (PPVD) falou do trabalho realizado pela Polícia Militar. “Estamos aqui hoje finalizando o Agosto Lilás, mês de conscientização de violência doméstica contra a mulher e a Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica está representando a Polícia Militar através dos serviços que nós prestamos a essas vítimas. Nós tentamos levar o acolhimento através de monitoramento da vítima e do autor, com a finalidade de tirar a mulher do ciclo de violência, retirá-la dessa situação e fornecer a ajuda necessária. Quanto mais a mulher procurar ajuda, maior será a nossa chance de mais pra frente erradicar e ir diminuindo essa violência”, explicou a sargento Cássia.
A campanha é feita em agosto, mas segundo a sargento Cássia, as ações se estendem por todo ano, cujo objetivo é fazer com que a mulher não se cale, e conscientizar a população que a violência já basta.
O capitão Jefferson explicou que o trabalho é realizado no âmbito do 62º Batalhão em todos os 24 municípios. “Esse atendimento que é feito especificamente pela PPVD é um trabalho que chamamos de segunda resposta no qual essa equipe faz acompanhamento de alguns casos que a gente considera mais graves ou necessários para que aquela situação não evolua, para que haja o fim daquele ciclo. Nos 24 municípios os militares são capacitados, passam por treinamentos constantes a fim de que prestem um atendimento de qualidade nas situações que chamamos de primeira reposta, no calor da situação, quando a PM é acionada presta um trabalho de excelente qualidade no conflito”, afirmou o oficial da PM.
Ainda segundo o capitão da PM, os meios de denunciar podem ser diretamente a um policial militar, ou a um policial civil, e outros órgãos do sistema de defesa social, e se a pessoa não quiser fazer as denúncias diretamente, existem os telefones 180, 181, e 190.
A delegada Tatiana Neves enfatizou que no mês de agosto se comemora 17 anos da lei Maria da Penha. “Uma lei extremamente efetiva, que realmente funciona para a mulher e a delegacia da Polícia Civil, ela tem um trabalho muito importante no trabalho contra a violência doméstica, porque quando a mulher precisa de uma medida protetiva, ela precisa ir à delegacia e solicitar. Além disso, a delegacia inicia os inquéritos policiais que ao final geram o início da ação penal, e por fim, a condenação do indivíduo. Além disso, a gente também faz a investigação dos crimes de descumprimento de medida protetiva, dos crimes sexuais, todos os crimes e violências que existem, porque não é só a violência física, existe a patrimonial, a psicológica, então a delegacia está disponível para receber e atender essas mulheres que precisam de acolhimento, que precisam de atendimento e informações”, disse a delegada.
Carolina Fernandes, presidente da Comissão de Enfrentamento à Violência Doméstica Familiar da OAB, disse que o objetivo é conscientizar a população sobre a violência contra a mulher. “Passar as informações para toda população no que diz respeito a violência em si, quais são os tipos de violências que nós temos, orientações jurídicas, o que a mulher deve fazer quando identificar que sofre uma violência doméstica, e quais são os meios que deve seguir. “Estamos à disposição através da OAB de Caratinga, para sanar essas dúvidas, conceder essas orientações, acerca dessa violência que infelizmente é algo muito comum na nossa sociedade”.
Harold Wilson Soares, diretor da PSE (Proteção Social Especial da Secretaria de Desenvolvimento Social), ressaltou que o papel da prefeitura é abraçar e acolher essas vítimas de violência doméstica. “Temos o Creas, que é o Centro de Referência Especializada em Assistência Social, lá a gente tem o amparo a essas mulheres que nos procuram, a gente trabalha em rede, junto com ministério público, com todos os poderes para acolher e proteger. O trabalho é constante, todo dia tem uma demanda, precisamos mudar essa realidade”, concluiu.

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