* Juliana Carvalho Reis
As infecções respiratórias são a principal causa de adoecimento e morte de crianças e a terceira causa de morte em adultos no Brasil e no mundo.
São consideradas infecções respiratórias: resfriado, gripe, sinusite, otite, pneumonia e bronquiolite. Entre elas, o resfriado é a mais prevalente e a pneumonia a maior responsável pelas mortes decorrentes dessas infecções.
O resfriado, a gripe e a bronquiolite são provocados por vírus. Já a pneumonia, a sinusite e a otite podem ser ocasionadas, mais comumente, por vírus ou bactérias e, menos frequentemente, por fungos.
Algumas condições estão relacionadas ao acometimento por infecções respiratórias, condições essas denominadas fatores de risco, quais sejam: tabagismo, contato com cigarro como fumante passivo, tanto em casa quanto em outros ambientes, nutrição inadequada, alergias e poluição do ar. As crianças pequenas e os idosos são mais suscetíveis a essas infecções. O envelhecimento deixa frágil o sistema de defesa do organismo, mesmo o idoso ativo e saudável tem sua capacidade de defesa reduzida. Os portadores de doenças respiratórias crônicas como asma e enfisema, doenças cardiovasculares, renais, hematológicas, hepáticas ou outras que reduzem a imunidade, também têm risco aumentado de contrair infecções.
No Brasil, as infecções respiratórias apresentam picos de atividade entre os meses de maio a setembro, e parecem ter relação com os períodos de frio e polinização das plantas. Embora as baixas temperaturas e outros fatores climáticos não sejam a causa das infecções agudas do trato respiratório, eles podem influenciar a interação entre o organismo humano, o vírus, a bactéria ou o fungo e o ambiente, aumentando a probabilidade de exposição e suscetibilidade a infecção.
Existem algumas medidas preventivas simples, mas que podem ajudar muito a minimizar a ocorrência das infecções respiratórias. São elas:
- Lavar as mãos com frequência, utilizando água e sabão, especialmente antes de preparar alimentos, comer, tomar medicamentos ou fazer tratamentos de respiração, depois de tossir ou espirrar, usar o banheiro, tocar em roupa suja e depois de ter contato como alguém com gripe ou resfriado.
- Manter a carteira de vacinação em dia, inclusive com a vacina de gripe e pneumonia,
- Ter uma alimentação saudável e hidratação adequada. Uma boa nutrição é importante para ajudar o corpo humano a resistir às infecções,
- Cuidar para ter um sono tranquilo e restaurador,
- Lavar o nariz com soro fisiológico até duas vezes ao dia,
- Evitar locais fechados, abafados e aglomerados,
- Manter o ambiente bem ventilado e permitir a entrada da luz do sol,
- Manter a casa limpa, utilizando pano úmido para deixar o ambiente livre de poeira,
- Umidificar o ambiente, utilizando umidificadores ou colocando toalhas molhadas próximas ao local de dormir,
- Retirar da casa cortinas, tapetes e almofadas,
- Trocar a roupa de cama pelo menos uma vez por semana,
- Se for fumante, procurar ajuda para parar de fumar,
- Evitar ser um fumante passivo inalando a fumaça exalada por um fumante.
O outono já chegou, iniciaram-se as quedas de temperatura em nossa região; é hora de nos atentarmos aos cuidados com a saúde respiratória. Previna-se contra as infecções respiratórias! Pequenos cuidados, certamente contribuirão com um outono/inverno muito mais agradável.
* Juliana Carvalho Reis é fisioterapeuta especialista em Terapia Intensiva Neonatal e pediátrica e em Fisioterapia Respiratória, pós graduada em Reabilitação Cardíaca, coordenadora e professora do curso de Fisioterapia do Centro Universitário de Caratinga.
Mais informações sobre a autora: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4550986P7