Fato aconteceu durante atendimento a uma ocorrência referente a Lei Maria da Penha
CARATINGA – Em uma ocorrência registrada na noite desta terça-feira (6), um homem, 25 anos, foi baleado por um policial militar. Segundo a PM, o militar agiu em legítima defesa, pois o rapaz não acatou a ordem e foi contra os policiais, tentando tomar a arma. Fato aconteceu durante atendimento a uma ocorrência referente a Lei Maria da Penha.
Na manhã de ontem, tenente Jeferson concedeu entrevista e falou sobre essa ocorrência. Segundo o oficial, a PM foi acionada no início da noite de terça-feira (6) por uma senhora, que alegou que sua irmã estava sofrendo ameaças por parte do ex-marido. “Segundo a solicitante, esse indivíduo estaria de posse de uma arma de fogo e procurando pela ex-mulher. Inclusive teria se deslocado até a escola onde ela estuda e estaria a ameaçando de morte”, contou tenente Jeferson.
O oficial disse que essa contenda se arrastou até a rua Sebastiana Maria de Jesus, no bairro Nossa Senhora Aparecida. “A equipe da Polícia Militar compareceu ao local e deparou com o casal e os ânimos estavam bastante exaltados. Quando o policial militar deu ordem ao suspeito, inclusive havia a denúncia que ele estaria armado, para busca pessoal, esse indivíduo teria se negado e partiu pra cima dos militares, inclusive, lesionando o policial com um soco. Em seguida, o policial tentou imobilizar esse indivíduo, que estava extremamente agressivo, foi quando ele teria tentado pegar a arma do militar. Nesse momento, o outro policial que acompanhava a ocorrência, realizou um disparo de arma de fogo afim de evitar um mal maior, e cessar a ação desse indivíduo que estava com os ânimos muito exaltados”, disse o oficial.
Na sequência, o homem foi preso e conduzido ao Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, onde recebeu tratamento médico. “Logo em seguida, ele foi liberado, pois o disparo acertou apenas de raspão sua perna esquerda. Sendo assim, ele foi conduzido para Delegacia de Polícia Civil para as providências cabíveis”, informou tenente Jeferson.
O oficial explicou que devido as circunstâncias, indivíduo exaltado e a denúncia de que ele estaria armado, a ação da PM teve que ser mais incisiva. “Em razão desse cidadão ter afrontado os militares, inclusive tentando arrebatar uma arma de fogo, foi necessário a Polícia Militar realizar um disparo, que passou de raspão na perna, e depois a Polícia Militar prestou o devido socorro. Em virtude dessa situação, foram adotadas as medidas administrativas em relação ao policial militar que efetuou o disparo”, frisou o oficial.
Sobre esse indivíduo, tenente Jeferson disse que ele já tem passagens pela polícia. “Esse cidadão é bastante conhecido do meio policial, inclusive possui registro por tentativa de homicídio. A arma que ele estaria utilizando não foi encontrada”, finalizou tenente Jeferson.
A respeito dessa ocorrência, Lei Maria da Penha, tenente Jeferson disse que o acusado foi conduzido até a delegacia, mas a ex-esposa se arrependeu e não quis dar prosseguimento ao caso. “A orientação que a Polícia Militar faz, com base na Lei Maria da Penha, é que a mulher caso esteja sofrendo alguma ameaça, agressão ou constrangimento, mesmo que psicológico, que acione a Polícia Militar ou outros órgãos que possam valer os direitos da mulher. Que ela tenha realmente firmeza ao acionar os órgãos competentes para que não seja essa mesma mulher que depois que se arrepende de ter trazido a situação à tona, seja vítima novamente dessa pessoa”, orientou o oficial.