Uma aura de mistério envolve o incêndio do edifício Joaquim Rosa de Oliveira, na avenida Olegário Maciel, ocorrido no dia 22 de fevereiro de 2005. Parte da ala residencial, que fica sob a loja Divino, no térreo, e outros apartamentos com frente para a rua José Augusto Ferreira também foram atingidos.
Moradores afirmaram que as chamas começaram na claraboia da loja do térreo e avançaram para as demais instalações. Cinco famílias que moravam no Joaquim Rosa ficaram sem ter para onde ir.
Os moradores da ala residencial perderam tudo e não possuíam seguro contra danos.
O prédio, com exceção da loja e sobreloja, pertence a cinco irmãos.
Segundo boatos, uma separação litigiosa de proprietários do imóvel, processo que se arrastava há três anos da data do incêndio, teria suscitado um clima de discórdia entre o casal.
Momentos antes do incêndio, oficiais teriam estado na loja para fazer a partilha dos bens entre os dois. Pouco depois, o fogo teria começado e rapidamente se alastrado.
DEMOLIÇÃO
No dia 16 de março, a perícia constatou que se tratava de incêndio criminoso, descartando a possibilidade de ter sido provocado por curto circuito na parte elétrica. De acordo com o laudo, o relógio medidor de energia encontrava-se isolado com um lacre da Cemig, e um dos terminais estava desconectado; logo, a distribuição de energia para os pavimentos comerciais estava interrompida.
A suspeita era de que alguém teria ateado fogo no interior do prédio usando substância inflamável.
Na edição do dia 26 de agosto de 2005, a Polícia Civil confirmou que um dos cônjuges em processo de separação era o principal suspeito, mas não haviam provas suficientes para incriminá-lo. Por isso, um imbróglio judicial se arrastou por anos entre os proprietários, que queriam reaver seus prejuízos e o município, que lutava pela demolição do prédio, que corria risco de desabar a qualquer momento. No ano passado, o prédio finalmente foi demolido, mas o caso ainda está na Justiça.