Mais de 82 mil cabeças de gado foram vacinadas contra aftosa na região
CARATINGA- Desde agosto do ano passado, o escritório seccional do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) de Caratinga está funcionando em outro endereço, situado à Praça Jones de Oliveira Pena, 200, Bairro Limoeiro (prédio do antigo PSF Limoeiro). O órgão presta serviços imprescindíveis à defesa sanitária animal e vegetal, inspeção e certificação de produtos.
Para falar um pouco sobre as ações do IMA, o DIÁRIO DE CARATINGA conversou com a gerente Márcia Andrade. Na última semana, a Prefeitura de Caratinga renovou acordo de cooperação técnica com o escritório. O documento prevê a prestação de serviços, com equipe técnica, veículo, custeio dos salários dos profissionais; e combustível. Já a Prefeitura, em contrapartida, oferece o prédio de funcionamento, paga as faturas de energia e água, além de ceder um servidor (serviços gerais).
De acordo com Márcia, cabe ao IMA manter o escritório funcionando no município, atendendo à comunidade de Caratinga e dos outros oito municípios sob responsabilidade do órgão local, Bom Jesus do Galho, Córrego Novo, Entre Folhas, Piedade de Caratinga, Pingo d’Água, Santa Bárbara do Leste, Santa Rita de Minas e Vargem Alegre. “Os serviços são a parte de garantia à defesa sanitária animal e vegetal, a inspeção de carne (frigorífico), produtos cárneos (linguiça); lácteos, ainda não temos nenhum, mas ainda assim fazemos em vários outros estabelecimentos de carne e leite nas regiões. Nosso fiscal vai até Dom Cavati, Tarumirim e vários outros municípios. Fiscalização nos produtos que são fornecidos, insumos agrícolas, semente, agrotóxicos, na parte de produtos veterinários, que fiscaliza se a vacina está sendo vendida dentro da temperatura adequada, se os produtos veterinários estão dentro da validade, se possuem registro e não são clandestinos”.
Os trabalhos ainda incluem fiscalização da Central de Abastecimento (Ceasa) de Caratinga, um exemplo de defesa sanitária vegetal. Com esse mesmo objetivo, o IMA ainda atua com na erradicação de pragas que trazem prejuízos econômicos aos produtores. “Tentamos impedir a entrada de cancos cítricos e de greening, que são pragas que em São Paulo, por exemplo, tem demais. No caso da banana, tentamos impedir a chegada da sigatoka negra e do moko. Ambas ainda não chegaram à nossa região, mas a gente tem que contar com a ação também dos produtores. Cabe ao Estado fiscalizar se o produto está inspecionado pelo agrônomo. Quem quer colocar seu produto no mercado tem que ter uma inspeção na origem. Agora no caso de uma pessoa que vai vender uma vaca ou um bezerro, tem que ter vacinado contra a febre aftosa e se for uma bezerra, vacinado contra a brucelose, doença transmitida inclusive para os seres humanos”.
E se tratando da grande produção da região, que é o café, os fiscais ainda atuam no combate à doenças do cafeeiro, como a meloidoginose. “O meloidógeno é um nematóide, um verme, que uma vez colocado no solo, ataca a raiz de café. Forma uns grânulos, é uma praga muito potente, traz enormes prejuízos para a lavoura e o controle é feito tentando impedir a chegada, porque vai através das mudas. Visando isso, todos que vão produzir mudas de café têm que ter um registro primeiro no Ministério da Agricultura e depois um cadastro no IMA e tirar uma guia, mas é exigido que ele apresente um laudo que ateste que não existe a praga”.
Em relação à Educação Sanitária, são oferecidas algumas palestras, conforme solicitado e disponibilidade dos técnicos do IMA.
Mais de 82 mil cabeças de gado foram vacinadas contra aftosa
Encerrou-se no dia 31 de maio, a primeira etapa da campanha de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa em Minas Gerais. Devem ser vacinados todos os animais, independente da idade. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) é o órgão responsável pela gestão da campanha de vacinação no Estado.
De acordo com Márcia, na região foram vacinados 82.300 cabeças, ou seja, 98% do rebanho. Mas, 140 criadores estão inadimplentes e já foram notificados. Eles serão multados em 25 Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs) por animal, o equivalente a R$ 81,29 por cabeça.