Assinatura de compromisso da participação de 11 municípios também foi realizada na tarde de ontem
CARATINGA– Após os esforços, mobilizações e doações da sociedade que acredita que o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora passará por um novo momento; finalmente a data de reabertura foi anunciada: 21 de julho será dado um abraço simbólico ao hospital e no dia 22 de julho, os atendimentos terão início gradativamente.
Além deste anúncio, também foi realizada na tarde de ontem, assinatura do compromisso da participação dos municípios para com o HNSA. 11 dos 13 municípios estiveram presentes e assinaram o documento, com exceção de Bom Jesus do Galho e Inhapim. No entanto, o provedor padre Moacir Ramos acredita que, em outro momento, eles também vão aderir a esta parceria. “Depois teremos oportunidade de conversar pessoalmente com cada um deles. Estamos muito confiantes, felizes, tudo tem sido com muito critério, prudência e sensatez. O Instituto tem sido muito sincero com os municípios, compradores do hospital, que é necessário mesmo esse aporte, caso contrário não temos condição de atendimento. Acho que todos estão entendendo isso e precisam do hospital”.
A superintendente do Instituo Solidário , Maria do Rosário Chequer, explica de que modo será a participação destes municípios. “Temos a chamada PPI (Programação Pactuada e Integrada), que eles já estão transferindo de volta para o nosso município, esse dinheiro é federal. E fizemos o acordo de cada município pagar R$ 3 por renda per capita, para fazermos cirurgias eletivas. Ou seja, se tem 10 mil habitantes, vai me pagar R$ 30 mil, comprando cirurgias eletivas no hospital”.
Maria do Rosário frisa que o funcionamento do hospital terá início com as transferências dos pacientes da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), através de regulação. “No dia 23, iniciamos parte de cirurgias eletivas e vamos vendo as necessidades, fazendo o planejamento junto com a secretaria de Saúde. Mas, estamos convocando toda a população de Caratinga para que façamos um abraço ao hospital, depois um culto ecumênico e uma caminhada, para mostrar que estamos iniciando um marco na nossa cidade”.
O prefeito de Caratinga Dr. Welington, enfatiza que o hospital precisou fechar as suas portas, para se fortalecer e resgatar a credibilidade. “Desde que iniciamos a gestão vínhamos evitando que o fechamento acontecesse. Mas, há quatro meses, isso foi entendido com o sendo imperativo, não tinha outra alternativa. Aquelas ações que já vínhamos adotando junto com a gestão do hospital, nós demos um pouco mais de ênfase e foram um pouco mais incrementadas a partir do fechamento. As conversas todas vinham acontecendo praticamente todas as semanas, todos os dias, até que nos reunimos na semana passada, marcamos por entendimento daquilo que estamos vivenciando, que já teríamos condições de propiciar a reabertura do hospital”.
O chefe do executivo acredita que esta reabertura representará um marco para o município, de novos tempos para o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora. “O hospital voltará a funcionar em uma condição que jamais funcionou, realmente voltado para atendimento dos pacientes que tanto precisam, uma nova maneira de gerir. Temos certeza absoluta que demorou um pouco, mas para nascer da maneira forte que precisava. Sofremos muito durante esse período, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) estava literalmente custeada somente pelo município de Caratinga e passou a contar com internações que não são normais para Unidade de Pronto Atendimento. Mas, era necessário que isso acontecesse, para que entendêssemos as responsabilidades de cada um. Vai abrir, para jamais fechar”.
O Estado negou o recurso de incentivo no valor de R$ 500.000 pleiteado pela diretoria administrativa do hospital. No entanto, a Secretaria Municipal de Saúde, juntamente com a gestão do hospital identificou que seria viável a reabertura e pretendem demonstrar que está sendo desenhada uma nova história para a saúde pública de Caratinga, como afirma Jacqueline dos Santos, titular da pasta. “O Estado está amparado de todas as informações técnicas necessárias para atender aquilo que nos deixou como dever de casa, da nossa responsabilidade e comprometimento. Queremos acreditar que o Estado está esperando que a gente reabra, de fato mostre que faremos nossa parte, daremos conta e ele aporte. Mas, há princípio o Estado não aportará esse incentivo”.