DA REDAÇÃO– Reunião realizada na tarde de ontem em Coronel Fabriciano, que contou com a participação do prefeito de Caratinga, Welington Moreira; a diretora administrativa do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, Suély Pereira de Souza e o superintendente regional de Saúde de Coronel Fabriciano, Wagner Barbalho; definiu que o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora (HNSA) manterá os atendimentos de urgência e emergência aos 12 municípios da microrregião.
De acordo com Suély, durante o encontro foi decidida uma “reorganização de serviço”, onde o hospital, enquanto prestador, se posiciona para cumprir o seu papel, que é de hospital geral nível 2. “Colocando para os municípios que vamos continuar com a porta aberta, porque somos responsáveis por ela, recebemos o incentivo do governo estadual para mantê-la. Mas, a dinâmica seria cada

Prefeitos de Caratinga, Dr. Welington; interino de Santa Rita de Minas, Adenilson Fernandes e de e Vermelho Novo, Geraldo do Carmo participaram da reunião (Foto: G1)
município entender o que de fato é urgência e emergência e encaminhá-la para o hospital. Hoje temos outra porta de entrada, a nossa intenção de quando fecharmos a porta do PAM é de no período de dois meses, se conseguirmos reforço financeiro, é reorganizar com estrutura para que seja dedicado a um atendimento mais humanizado para a população”.
A diretora administrativa do HNSA ressaltou que para esses atendimentos será equipado um novo espaço, que tenha condições dignas de receber os pacientes. “O município pleno nos procurou para tentar resolver a questão da atenção aos munícipes deles. O PAM há 12 anos vem fazendo a urgência e emergência e fazendo também alguns deveres de casa que são dos municípios, que é a atenção básica. Nessa semana, nós resolvemos junto com a plena, o secretário de Saúde de Caratinga, refazer essa porta de entrada. Vamos proporcionar a todos os municípios, aos usuários do SUS, essa qualidade tão diferenciada que hoje a gente não tem. Temos um espaço do Pronto Atendimento Municipal desumano, não temos condições físicas para receber a todos aqueles pacientes, porque além de recebermos a urgência e emergência, ainda atendemos os pacientes de atenção básica, que deveriam ser atendidos nos municípios”.
O superintendente regional de Saúde de Coronel Fabriciano, Wagner Barbalho, reforçou como será a dinâmica de atendimento no HNSA para com os municípios. “Em um primeiro momento o hospital ia fechar, não ia ser mais porta de entrada em momento algum, ou seja, seria um hospital de porta referenciada. O município de Caratinga, que é o gestor polo, teria que ter uma porta de entrada de urgência e emergência e essa porta referenciaria para o hospital aquilo que ele tivesse condição de atendimento. Com a decisão que tomamos hoje (ontem), o hospital continua na rede urgência e emergência no nível 2 atendendo a todas as clínicas que são necessárias. O que não vai mais acontecer no hospital e não deveria acontecer há muitos anos é o paciente que não tem perfil de atendimento no hospital, procura-lo. Ele tem que ir pra unidade básica de saúde, procurar o atendimento dele”.
Wagner ainda ressaltou que deverá haver a participação de todos os municípios no financiamento do hospital. “De agora pra frente vamos praticar o que chamamos de custeio tripartite do hospital. Dos 13 municípios, só seis estavam contribuindo no custeio do hospital”.
O superintendente regional de Saúde ainda confirmou que a comissão de intervenção do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora já foi definida e ele irá presidi-la. “Definimos a comissão de intervenção que vai gerenciar o hospital, o que foi muito importante, porque daqui pra frente todos os trabalhos serão feitos por ela. Vamos fazer uma auditoria dentro do hospital, nessa comissão de intervenção. A comissão se reúne pela primeira vez na terça-feira, às 9h, é formada pelo Estado, Ministério Público, município e Conselho de Secretários Municipais de Saúde e se ela assim definir, vamos indicar realmente uma instituição ou o nome de novos interventores”.
O prefeito de Caratinga, Dr. Welington classificou a situação do HNSA como “preocupante”, mas, destacou que, ainda que o município tenha conveniado com o CASU, pretende contribuir para a solução dos problemas do hospital. “Assim que assumimos a Prefeitura uma das primeiras ações nossas foi no sentido de fazer um levantamento mais aprofundado da situação do hospital e juntamente com o Ministério Público, tivemos a certeza que com o inchaço principalmente funcional, o mau gerenciamento dos recursos que lá estavam chegando em administrações anteriores, provocaram essa situação de hoje. Então, passamos a traçar os objetivos que nós teríamos de alcançar em um curto espaço de tempo. Hoje já temos esse direcionamento, em princípio começa agora pela intervenção consensual da direção do hospital, em que a partir da segunda-feira da próxima semana estaremos com essa comissão devidamente composta, reunindo-se e indicando os dois direitos, financeiro e administrativo para que possamos começar a direcionar os trabalhos e estancar realmente a vazão de recursos que ali estavam sendo colocados, sem a destinação devida”.