Servidores atuavam não apenas no PAM, mas também nos prédios principal e maternidade
DA REDAÇÃO– A administração do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora (HNSA) realizará na próxima semana uma entrevista coletiva para esclarecer à população assuntos polêmicos que envolveram a instituição na última semana. Entre os principais assuntos está a demissão dos funcionários do PAM.
Em nota, o HNSA esclareceu que não houve a demissão em massa dos funcionários do PAM, como foi veiculado por alguns órgãos de imprensa, “chegando a citar o absurdo número de 80 funcionários demitidos”.
De acordo com Suély Pereira, administradora do HNSA, a instituição está buscando uma reorganização de sua estrutura de trabalho e atendimento, sendo que o corte de pessoal de todas as áreas foi uma medida inevitável, uma vez que os recursos recebidos através dos convênios são insuficientes para o custeio total da instituição hospitalar. “O objetivo, com estas demissões, é o de enxugar a máquina e, de forma gerenciada, conter gastos. Foram demitidos quatro enfermeiros, dezesseis técnicos em enfermagem, dois maqueiros, dois porteiros, três recepcionistas, quatro técnicos em farmácia, dois funcionários de setores administrativos e um auxiliar de limpeza, totalizando 34 demissões. Estes servidores atuavam não apenas no PAM, como noticiado, mas também nos prédios principal e maternidade”.
Ainda de acordo com a nota, com a medida, o HNSA visa ainda conseguir uma sobrevida, que permitirá melhor investimento nas suas estruturas de apoio diagnóstico, internações, urgência e emergência, que “fazem parte da responsabilidade de retaguarda hospitalar, dando continuidade, porém com expectativa de melhor qualidade, aos mesmos serviços de porta de entrada já oferecidos pela instituição”. Sobre o polêmico assunto da finalização dos atendimentos no PAM, a administração esclarece que “os atendimentos de urgência e emergência para pacientes dos municípios da microrregião continuarão sendo realizados no HNSA, acontecendo pela porta principal”.
Contudo, só serão atendidos pacientes classificados segundo o protocolo de Manchester nas cores vermelha e laranja, devendo os pacientes que não forem considerados urgência e emergência serem atendidos nos postos de saúde do município de origem. Quanto à intervenção consensual por parte do Ministério Público e do Estado no hospital, Suély esclarece que ainda há pontos que estão sendo acertados entre as partes.
Na tarde da última sexta-feira (31), aconteceu na sede da Gerência Regional de Saúde, em Coronel Fabriciano, uma mediação sanitária, através de vídeo conferência, na qual representantes do Estado, do HNSA, do Ministério Público e dos municípios da microrregião de Caratinga, buscaram acertar os detalhes para a realização da intervenção.