Auxiliares de Serviços da Educação da Escola Estadual Princesa Isabel aderiram ao movimento, confirma Sind-UTE de Caratinga
DA REDAÇÃO- No dia 8 de março, a categoria se reuniu em Assembleia Estadual para avaliar os rumos do movimento e propostas do governo do estado. Após ouvir e avaliar, a decisão votada em assembleia foi de continuidade da greve. “Após seis reuniões com o Governo, ele não apresentou nenhuma proposta para o cumprimento do Acordo do Piso salarial e para as demais questões que foram causadas pelo próprio governo (parcelamento de salários e 13º salário, ausência de repasses para o IPSEMG, passivos da carreira, férias-prêmio para quem aposentou entre outros problemas)”, afirma o Sind-UTE MG.
Conforme o Sindicato, as propostas gerais que o governo apresentou foram “pagamento do retroativo do reajuste de 2016, que ficou pendente em oito parcelas receber a partir de maio. Este retroativo corresponde a 11,36% de três meses e retomada das nomeações até o limite de 60 mil. Até o momento, não foi dada nenhuma explicação para a suspensão das nomeações em 2017”.
O coordenador do Sind-UTE de Caratinga, André Freitas afirma que 20% dos servidores da rede estadual da região aderiram ao movimento. Ele destaca que os auxiliares de Serviços da Educação (ASBs) da Escola Estadual Princesa Isabel aderiram ao movimento em sua totalidade. Conforme André, a greve é por tempo indeterminado.
Segundo André, a parcialidade da greve é na questão da adesão. “A partir do dia 8 de março, os trabalhadores em educação do estado de Minas Gerais foram convocados a participar do movimento grevista. Esse movimento não é um ponto inicial, é uma pauta de saída dentro de uma conjuntura em que o governo do Estado não negocia mais conosco”, disse o coordenador, citando alguns pontos da reivindicação da classe. “No meu caso, eu tenho três meses de retroativo de pagamento de 2016, 2017 inteiro e já estamos em 2018 e ainda não recebi. E até hoje nem é cogitado fazer o reajuste do nosso piso salarial”, acrescenta André.
O coordenador relembra que essa mobilização teve início no dia 19 de fevereiro, quando houve paralisação de um dia. “Foi uma forma de protesto contra o governo do Estado que nesse ano deu um golpe nos trabalhadores. O trabalhador que é efetivo recebeu seu mês de fevereiro completo, mas o designado foi roubado em meio pagamento por parte do governo, que marcou o início das aulas para o dia 19 de fevereiro para usurpar do trabalhador esse meio pagamento”, observa o André Freitas.
Sobre as reivindicações, André cita que umas das principais é a questão do piso salarial, algo que é pleiteado desde 2008. “Através do piso temos o profissional valorizado, pois se o profissional não achar que é valorizado, a tendência é que procure outra profissão. Então o governo precisa entender que valorizar o professor é aumentar salário”, diz André, acrescentando que esse piso nacional foi reajustado em 2016 e 2017 e o governo de Minas não repassou esse reajuste. “Além disso existem outras pendências, como o IPSEMG (Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais), pois os hospitais e profissionais que prestam esse atendimento estão sem receber o repasse de verbas. O profissional da educação procura o médico e não é atendido, pois ele não está recebendo do IPSEMG”.
André Freitas pede a participação dos profissionais em educação nesse movimento. “Se a categoria não se mobiliza, quem vai se mobilizar por ela?”, pondera. Ele cobra ainda maior atenção do governo do Estado com a classe. “O 13º terceiro foi parcelado em quatro vezes e ainda estamos recebendo a segunda parcela”, protesta.
Elaine Lucas Barros é a diretora da Escola Estadual Princesa Isabel. Ela disse que há adesão parcial por parte dos professores e foi informada na segunda-feira (12) que há adesão total dos ajudantes de serviços gerais da escola. “A partir do momento em que recebi essa informação, entrei em contato com a Superintendência Regional de Ensino e aguardo orientações a respeito do funcionamento geral da escola”.
A diretora explicou que a escola busca alternativas, já que a adesão não é total por parte dos demais servidores. “É um elemento complicador porque temos a questão da limpeza e da merenda que é servida aos nossos alunos”, comentou.
Caso haja maior adesão à greve por parte dos profissionais que trabalham na Escola Princesa Isabel, a diretora disse que dará publicidade ao fato, mas ‘assim que tiver mais segurança para fornecer as informações”.