CARATINGA– Na tarde desta quarta-feira (16), o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) realizou uma Assembleia Estadual de Greve, em Belo Horizonte, quando foi aprovada a manutenção da greve por tempo indeterminado na Rede Estadual. Na região, de acordo com a coordenadora da subsede Caratinga Maysa Salgado, a adesão já é de 60% dos profissionais da Educação na região.
De acordo com Maysa, a categoria, que havia deflagrado a greve desde o dia 9 de março de 2022, reivindica ao governo Zema o cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional. “Estamos em greve por tempo indeterminado. Já estamos há mais de cinco anos sem reajuste. As pessoas estão necessitando já de questões básicas, não estamos pedindo muito, simplesmente o cumprimento de uma lei federal 11.738 de 2008, da Lei 21.710 que conquistamos também em greve em 2015 e do artigo 201 da Constituição do Estado. Temos um governo que descumpre uma lei federal e uma lei estadual”.
A categoria também se mobiliza contra o Regime de Recuperação Fiscal, que foi encaminhado à Assembleia Legislativa por meio do Projeto de Lei 1.209/2019. “Ele ocasiona congelamento de carreira, não pode ter concurso público no estado, prejudica muito mesmo”.
Maysa relata que a adesão está crescente e que o movimento deve ganhar ainda mais força nos próximos dias. “No estado está em torno de 80%. Na nossa região temos uma greve em torno de 60% com tendência a crescer, já recebemos informação de várias escolas, que a partir de segunda-feira estão aderindo ao movimento. Está 100% na região de Iapu, São João do Oriente”.
A pedido do Sindicato, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) iniciou um processo de mediação na ação da greve de 2022 ajuizada pelo Estado e foi realizada uma audiência de conciliação, no último dia 14 de março. Mas, não houve acordo até o momento. “Teríamos nesta sexta-feira uma reunião para apresentar a proposta que foi votada no nosso Conselho e Assembleia, mas, ela vai acontecer no dia 21 agora, às 14h. O Sindicato vai apresentar a proposta, o governo depois apresenta a dele para vermos qual será a mediação que o Tribunal vai fazer”.
Maysa Salgado finaliza dizendo que o Sindicato segue a luta pelos direitos dos trabalhadores em Educação. “O direito de greve é legítimo e estamos defendendo os direitos, perdas salariais, de muitos anos”, finaliza.