Wagner ‘Tosko’ foi selecionado e esteve entre os 14 brasileiros do Meeting Bajos de Mena 2019
CARATINGA- Um caratinguense participou do Meeting Bajos de Mena 2019, evento que aconteceu no Chile no final de setembro. Wagner Pereira de Azevedo Júlio, o ‘Tosko’, 26 anos é morador do Bairro Santa Zita e foi selecionado dentre 100 grafiteiros, a maioria de países como Espanha, Venezuela, Colômbia e Argentina.
Wagner se inscreveu em um edital disponibilizado pela internet, onde respondeu a algumas perguntas sobre sua carreira e encaminhou fotos de seus trabalhos. “Daí então a curadoria do evento seleciona os artistas e faz o convite. Dessa vez tive a honra de ser um dos selecionados. Do Brasil foram 14 no total e de mineiros tinham apenas dois”.
O jovem grafita há cinco anos e adotou um estilo próprio, retratando um personagem criado por ele, cujo nome é Tosko. Para deixar sua marca no Chile, ele também utilizou da ilustração, se inspirando ainda no gênero Hip Hop. “Através dele eu consigo passar alguma mensagem, protesto, para as pessoas. No Chile eu demonstrei um pouco do poder da cena Hip Hop. Cada evento, cada lugar por onde passo para fazer graffiti eu vejo a necessidade e a força que tem nesse movimento. E esse cenário no Chile é muito forte, diferente de tudo que já tinha presenciado, o que me encantou e me inspirou ainda mais. Então quis passar um pouco desse aprendizado sobre essa cultura”.
Em relação aos custeios da viagem, o grafiteiro precisou arcar somente com a passagem aérea. No país chileno, contou com todo o suporte por parte dos organizadores do evento. “Eles disponibilizaram 1 kit de spray, hospedagem, alimentação e inclusive a nossa locomoção até a cidade de Valparaíso (onde aconteceu a continuidade do evento). Daqui eu tive o apoio da tabacaria Namastê, onde gostaria de agradecer muito”.
Esta foi a primeira vez que Wagner ‘Tosko’ grafitou fora do País. Sobre a oportunidade, ele acredita que abriu portas para o maior reconhecimento do seu trabalho. “Representa um sentimento de realização e uma felicidade extrema, pois me dedico muito para que essas oportunidades aconteçam. Enfim, representa um resultado, uma resposta de um trabalho levado a sério e de muito esforço e dedicação”.
Em Caratinga, o artista afirma que ainda enfrenta certa resistência por parte de preconceito de algumas pessoas em relação ao grafite, mas, está otimista, que este cenário aos poucos esteja se transformando. “O fato de ser interior complica um pouco este tipo de trabalho porque nem todos estão acostumados a ver graffiti nos muros, mas creio que isto já está mudando. As pessoas estão observando mais, meu trabalho está sendo mais visto e com isso eu consigo fazer em mais locais na cidade”.