É normal que em meio a humanidade existam homens e mulheres de caráter plausível e que tenham força e viril coragem para guiar grupos em direção de um bem comum. É comum para todos nós, independente de etnia e credo, escutarmos estórias e histórias de heróis que, fizeram seus povos vencerem batalhas muitas vezes invencíveis. Em todas as culturas mundiais existem tais exemplos de homens e mulheres inteligentes que, após anos de busca pela sabedoria, guiaram seus povos para vitórias e conquistas faraônicas.
Ao contrário do que acontece hoje, esses homens e mulheres do passado, guiavam o seu povo ou até mesmo sua nação, na linha de frente, enfrentado muitas vezes batalhas sangrentas e perdidas a fim de deixarem um legado e um exemplo para as futuras gerações. O rei, ou chefe de algum grupo, eram os primeiros a empunhar uma espada, ou pular de um penhasco, ou ainda a se embrenhar em florestas desconhecidas, a fim de, darem o bom exemplo e serem reconhecidos como verdadeiros líderes.
Dessas batalhas, confrontos ou até mesmo fugas inusitadas (Moisés no deserto), nasceram os grandes heróis da humanidade. Dos quais até os adversários tinham orgulho de falar o nome, pela força, coragem e inteligência com a qual guiavam seu povo.
O momento agora é outro. Vivemos um momento de divisão dos povos. Os povos de determinados países não se deixam serem guiados por suas lideranças, ninguém é bom o suficiente para liderar.
As lideranças por sua vez ignoram a capacidade de seu povo de sobreviver às adversidades, porém a desconfiança é mútua. Os chefes de estado querem fazer todas as funções do governo, serem desde generais de exércitos, até o gerente geral da limpeza.
Não é raro que ao assumir o governo, ou até mesmo antes disso, a maioria desses chefes de estado, para tentar demonstrar que têm as rédeas do poder nas mãos, declinam-se ao desejo de grandes financiadores de campanhas políticas, a derrubada de Ministérios e Secretárias, para facilitar o acesso diretamente a eles para decisões inescrupulosas.
O Brasil está vivenciando uma atividade de padrão mundial, esses conflitos internos, estão a todo o momento à tona no jogo do poder. O que nos difere aqui do restante do mundo é a divisão política da população.
Por um lado temos os Comunistas (de extrema esquerda), pelo outro temos os Fascistas (de extrema direita) e no meio temos aqueles que mais pesam nesta divisão, pois não carregam esses karmas ideológicos, mas são os que definem quem os governará, erei chamar chamá-los de “Leigos Políticos”.
Os “Leigos Políticos” podem ser representados por 80% da população brasileira. População essa que tem em mente o bem estar social, que levanta cedo todos os dias para trabalhar e o que compreendem da política nacional é aquilo que assistem nos telejornais. Dificilmente, essa população de “Leigos Políticos” da qual eu também faço parte, nem sequer faz a leitura de uma lei promulgada antes de debater seus méritos nas equinas e nas praças das cidades.
Os governantes, tanto de esquerda quanto de direita, sabendo disso, aproveitam as oportunidades, subjugam o povo e dominam a nação da forma que querem. O poder ficará para sempre nas mãos de um lado ou de outro, da direita ou da esquerda. Assim disse o criador do universo: “O meu povo padece por falta de conhecimento”.
O povo de Minas Gerais se cansou dos mandos e desmandos da direita e da esquerda e decidiu colocar um “Leigo Político” para se tornar o chefe maior do estado. Este como um bom grande empresário mineiro, decidiu governar o estado como se fosse sua própria empresa e está pagando o preço disso.
Não se governa um estado, país ou cidade, desfazendo alianças e o principal se desfazendo dos empregados ou “servidores”, regidos por leis próprias que cada categoria tem que cumprir, nem tampouco tentando conter gastos, ainda mais os remuneratórios. O estado não foi feito para obtenção de lucros, mas sim constituído para ofertar serviços públicos de qualidade de acordo com a Constituição Federal de 1988.
Obviamente que gastos desnecessários, devem sim ser cortados, mas há de se dizer que se deve prezar pelo bom e pleno funcionamento da máquina pública. Lembrando que servidores estaduais mineiros, até hoje não estão com seus salários em dia. Servidores estão trabalhando com dignidade, mas por amor a tarefa e não ao salário, que deveras, não estão recebendo.
Contudo, quando os governantes caem em si, que dependem dos “Leigos Políticos” para governar, já está geralmente se aproximando o fim do mandato. E esses leigos já estão cansados dos desmandos e encorajamentos de irem contra a própria família para defendê-los.
As palavras desses governantes estão indo em desencontro da realidade que estamos vivendo. Eles querem mais e mais se fortalecer em um poder centralizador, não se importando em nada com os seres humanos que vivem à mercê de um preparo de seus líderes.
Ficamos estarrecidos e boquiabertos perante aos seus pronunciamentos que em nada agregam valores humanos, apenas pensamentos vis de acabar com sua própria concorrência.
Estamos cansados de “Governos de um homem só”.
Chega!
Basta!
Queremos um governo que pense em todos, que defenda a vida em primazia.
Ou governam para o bem estar comum, ou não terão vez para liderar o povo.
Pessoas estão se matando de trabalhar, enquanto eles em seus luxuosos gabinetes, com internet e frigobar, se deliciam ao ver seu rosto estampado na mídia, não importa se para o bem ou para o mal, o que querem é estar em foco.
Mas a decisão de mantê-los ou não no poder, sempre estará na biometria dos “Leigos Políticos”. Que busquemos decisões assertivas nas próximas eleições, ou então estaremos fadados ao fracasso de um novo “Governo de um homem só”.
Rondinelle da Silva Ferreira
Bacharel em Psicologia pelo Centro Universitário de Caratinga (UNEC)
Servidor Público, Escritor e Compositor.
Discente de Direito (UFMG)