Comerciantes acusam mulher de pegar mercadorias em condicionais e desaparecer
SANTA BÁRBARA DO LESTE – Na última terça-feira (13), um fato inusitado deixou revoltadas algumas comerciantes de Santa Bárbara do Leste. Uma mulher de aproximadamente 50 anos, que não é conhecida na cidade, se passou por professora recém-contratada da escola estadual Monsenhor Rocha foi em três lojas, pegou roupas e calçados na nota condicional, furtou algumas peças, e depois desapareceu. Toda a ação da mulher foi gravada pelas câmeras de segurança, e o fato foi registrado pela Polícia Militar.
Paula Fernanda Ferreira, proprietária da loja de roupas “Passarela”, contou na que terça, por volta das 11h estava saindo para almoçar e uma mulher parou em frente à sua vitrine e começou a olhar. “Ela entrou e me pediu para ver camisas masculinas nos tamanhos P ou M, mas de preferência que fosse P. Começou a olhas as camisas de manga cumprida, colocou sobre o balcão, foi olhando e escolhendo as peças, e me pediu para levar condicional. Eu falei que a gente trabalha com cadastro, e geralmente condicional tem todo um processo, e é só pra quem tem a ficha com a gente. Ela continuou insistindo, eu disse que não poderia liberar porque tenho uma sócia, e ela não tinha documentação. Mas ela foi insistindo e disse que tinha mudado recentemente pra cidade e estava dando aula na escola estadual. Fiz a condicional, ela me levou oito camisas e assinou uma promissória com o nome Renata Fernandes de Souza, e deixou um número de telefone, que a gente liga e fala que não existe”, conta Paula, que teve o prejuízo de R$ 521,00.
Paula registrou o boletim de ocorrência e disse que quis falar com a reportagem para evitar que outros comerciantes caiam no mesmo golpe.
A segunda vítima foi Alcinéia de Oliveira Teixeira, proprietária da loja “Tic Tac”. “A mulher chegou aqui a gente estava para o almoço, tinha só uma funcionária na loja. Ela pediu para ver camisa masculina e queria tamanho P, a funcionária mostrou, mas só tinha tamanho M. Ela insistia que queria tamanho P, enquanto a funcionária foi ver se não tinha o tamanho que ela queria na gaveta, ela furtou três camisas, aproveitava que a funcionária estava distraída e colocava dentro da bolsa. Como a funcionária é nova, autorizou que ela levasse duas peças em condicional. Ela disse que daria aula aqui e que as peças eram para o filho. Meu prejuízo não foi tanto, mas precisamos divulgar para evitar de acontecer com outros”, disse Alcinéia que teve prejuízo de R$ 250,00.
A terceira vítima foi Valéria Ferreira de Oliveira, da loja “Valéria Modas”, disse que a mulher perguntou se tinha camisa masculina, como não tinha, ela saiu. Aproximadamente uma hora e meia depois ela voltou pediu para eu pegar dois tênis de numeração 40, dizendo que era para o marido e pedindo para levar para ele experimentar. Eu disse que não podia porque ela não era cliente. Ela disse que era nova, trabalhava na escola estadual Monsenhor Rocha, era nova na cidade e estava no horário de almoço, que em 40 minutos voltaria e pagaria à vista se ficasse com os tênis. Ela disse que era cliente da loja Passarela e estava com sacolas cheias, a dona é minha sobrinha, aí deixei, nunca pensei que cairia nesse golpe. Ela assinou a nota promissória e coloquei o número do telefone. Depois de uma hora nada, liguei e deu que o telefone não existia, liguei para Paulinha, ela disse que a mulher tinha passado lá, mas não era sua cliente, aí percebi que nós duas tínhamos sido enganadas. Meu cunhado ligou para escola e não tinha nenhuma professora com o nome de Renata Fernandes”, disse Valéria, que ficou no prejuízo de R$ 235,00.
As comerciantes esperam que a mulher seja identificada e presa.
- Valéria ficou com o prejuízo de R$ 235,00
- Paula teve prejuízo de R$ 521,00
- Imagem capturada pela câmera de segurança de uma das lojas, da mulher acusada de golpes (imagem circuito de monitoramento)
- Alcinéia teve três peças furtas e duas levadas em condicional