Resíduos sólidos estão sendo encaminhados para Santana do Paraíso, garantindo melhorias no meio ambiente e na saúde dos inhapinhenses
INHAPIM – Em 2 de agosto de 2010 foi publicada a lei nº 12.305 que prevê que todos os rejeitos do país devem ter uma disposição final ambientalmente adequada em quatro anos. Explicando melhor, essa lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos no país, determinando a desativação dos lixões a céu aberto.
O prazo precisou ser prorrogado por alguns anos e agora para as cidades que possuem menos de 50 mil habitantes, a data final é 2 de agosto de 2024. E o município de Inhapim saiu na frente, desativando o lixão e dando um novo destino para os resíduos sólidos, que agora estão sendo levados para Santana do Paraíso.
O prefeito Márcio Elias, o “Marcinho”, destacou que era um sonho do município de Inhapim extinguir o lixão. “Isso foi feito através de um planejamento muito sério, e o custo é muito elevado levar os resíduos sólidos para Santana do Paraíso. Tivemos que fazer uma reprogramação dos recursos próprios do município, conseguindo assim dar uma prioridade a mais, não somente para a saúde, mas também para o meio ambiente”.
Marcinho explicou ainda que foi realizado um processo licitatório, ganhando a empresa que possui as licenças ambientais necessárias. “É um marco para nosso município essa extinção, sonhávamos isso, e foi um dos compromissos que tivemos durante nossa campanha eleitoral e Deus está nos honrando com essa graça. É uma alegria muito grande ter dado esse passo à frente”, concluiu o prefeito.
MEIO AMBIENTE
O supervisor de Meio Ambiente da prefeitura de Inhapim, Douglas de Oliveira Martins disse que desde o primeiro mandato do prefeito Marcinho havia o interesse de acabar com o lixão, mas em decorrência das crises financeiras e da diminuição da arrecadação, não foi possível. “Com a regularização fiscal, mesmo com certa dificuldade, desta vez já foi possível de início, destinar o resíduo de forma adequada”, explicou Douglas.
O município recolhe em média nove toneladas de lixo, incluindo área urbana e rural. Como ainda não é possível fazer o tratamento do resíduo em Inhapim, a solução encontrada foi destinar para uma cidade onde se faça esse trabalho. “É um destino final com aterro sanitário, onde existe o tratamento do chorume e dos gases emitidos pelo resíduo. O lixão, além dos resíduos que causavam a contaminação do solo e recurso hídrico, também tinha animas peçonhentos e proliferação de doenças. Com o destino para aterro sanitário não existe a contaminação do lençol freático e do solo, e os gases podem até ser transformados em energia”, conclui o supervisor de meio ambiente de Inhapim.