Filho de mãe gari em Pavão passou em 8 faculdades de Medicina em Minas Gerais

1• lugar na UFVJM

Com apenas 18 anos e carregando no peito a força dos seus sonhos, Jefferson Viana Queiroz deixou para trás a cidade de Pavão, no interior de Minas Gerais, para encarar a dureza da capital em busca de um objetivo ousado: tornar-se médico. Hoje, aos 29 anos, ele colhe os frutos de uma jornada marcada por esforço, superação e fé, cursando Medicina na UFMG.

Filho de uma gari contratada pela prefeitura e vindo de uma família humilde, Jefferson enfrentou todas as adversidades que a vida na metrópole impõe a quem parte do zero. Aluguel, alimentação e contas fixas eram obstáculos diários, e cada pequeno gasto exigia planejamento e sacrifício.

“Teve época de contar centavo por centavo, de abrir mão de um lanche para comprar um livro. Mas eu sabia que cada renúncia era um passo a mais em direção ao meu sonho”, conta Jefferson, emocionado.

Durante essa longa caminhada, ele encontrou apoio essencial em pessoas que cruzaram seu caminho. Professores de pré-vestibular que acreditaram em seu potencial, amigos solidários que contribuíram com mensalidades de cursinhos e bolsas de estudo que garantiram um fôlego a mais nos momentos críticos.

Foram cinco anos de preparação intensa para o ENEM — noites em claro, crises de ansiedade e incontáveis horas de estudo. A persistência, no entanto, foi recompensada. Jefferson foi aprovado em diversas instituições de ensino superior, incluindo um feito notável: primeiro lugar no curso de Medicina da UFVJM, campus Teófilo Otoni. Além disso, entrou na lista de espera da renomada UFMG e conquistou aprovações por meio do PROUNI e do FIES em instituições como FAMINAS-BH, Uni-BH, CMMG, Unifenas-BH, FASEH e AlfaUnipac.

Mais do que um futuro médico, Jefferson tornou-se um símbolo de inspiração para jovens de origem humilde.

A página que criou nas redes sociais, @euvouserdoutor , já alcança milhares de pessoas com mensagens de incentivo e relatos reais da sua caminhada.

“Essa vitória não é só minha. Ela representa cada jovem da periferia que ousa sonhar, cada mãe que levanta cedo para dar o melhor aos filhos. É a prova de que, com fé e persistência, a gente pode mudar a própria história”.

Fonte: Jornal Diário de Teófilo Otoni

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