Encerramento do projeto Macaco Vermelho 2018 teve apresentações musicais e balanço positivo, com 1074 livros vendidos
CARATINGA- O Festival da Banana que aconteceu ao durante o dia de ontem no Fórum Desembargador Faria e Sousa marcou o encerramento do Projeto Macaco Vermelho, neste ano de 2018. A iniciativa do juiz diretor do Foro, Anderson Fábio Nogueira Alves, se deu a partir do lançamento do livro ‘A História do Macaco Vermelho’, no dia 26 de junho.
De lá para cá, 16 escolas foram visitadas, as estaduais Menino Jesus de Praga, Sinfrônio Fernandes, Engenheiro Caldas, Juarez Canuto de Souza, Princesa Isabel e Dom Carloto; as municipais Barquinho Amarelo, Luiz Antônio Bastos Côrtes, Maria do Carmo Ribeiro, Bezerra de Menezes, Ilha da Fantasia, Nossa Senhora do Carmo, Glorinha Rocha Abelha, Geraldo Marques Cevidanes e Belas Artes; e na rede privada, Escola Professor Jairo Grossi.
Para o evento de ontem, após as escolas abrirem suas portas para o juiz, foi a vez do judiciário receber os estudantes. As apresentações artísticas tiveram início às 8h30, com quadros e gravuras das escolas Sinfrônio Fernandes e Engenheiros Caldas e se encerram às 16h30, com o coral a Escola Estadual Menino Jesus de Praga. “Foi organizado um calendário de visita às escolas, onde apresentamos a escola e um pouco da vida do juiz nas escolas e cada escola teve sua produção, seu trabalho em cima da história. Agora, fazemos esse fechamento com as escolas vindo até o fórum retribuir a visita que foi feita, conhecem um pouco da nossa estrutura e fazem uma apresentação cultural”.
Ao todo, quase seis mil alunos assistiram às palestras realizadas pelo magistrado nas escolas. O juiz Anderson acredita que o projeto desenvolvido alcançou resultados expressivos. “Muito positivo. O projeto começou pequeno, só com a ideia de um livro e evoluiu pela aderência das escolas com o trabalho e com a história mesmo do macaco e seguimos para usar o macaco como espécie de mascote do judiciário, para se aproximar das crianças e cresceu um pouco mais com as crianças se interessando, produzindo em cima daquela história, contando da imaginação delas”.
Além do lado educacional, outro objetivo era reverter o arrecadado com a venda dos livros para duas instituições de Caratinga: Amigos dos Meninos Assistidos de Caratinga (Amac) e Lar das Meninas. Neste aspecto, o resultado também foi positivo. “Ficamos muito satisfeitos, foram impressos dois mil exemplares e foram vendidos até agora 1074 livros, o que rendeu para cada instituição e já foi entregue o valor de pouco mais de R$ 6.300. Conseguimos contribuir um pouco com estas instituições que sempre precisam de ajuda”.
Diante do sucesso do Projeto Macaco Vermelho, o juiz diretor do foro já tem planejamentos para 2019. “Pretendemos evoluir para mais festivais, para um livro coletivo de autoria minha e das crianças também, de escolas, e a perspectiva é muito boa”.
VER O MUNDO COM OUTROS OLHOS
O DIÁRIO acompanhou a apresentação de alunos da Escola Municipal Maria do Carmo Ribeiro, que trouxeram uma dança com a personagem Emília, do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Para a diretora Sandra Helena de Souza e Silva, quando o judiciário abre as portas para os estudantes, também abre janelas para a esperança. “É de muita importância, porque estamos localizados em uma comunidade carente, realmente entendemos como fundamental essa socialização das nossas crianças, ver o mundo com outros olhos, muitas vezes o fórum representa punição, castigo e hoje nós vemos que não. Representa também a educação, estar junto conosco, a presença dele lá na escola fez um bem enorme para as crianças, se sentiram valorizadas, queridas, é uma autoridade que foi até eles, principalmente uma autoridade da Justiça. Essa aproximação é de grande valia, tenho certeza que vai fazer a diferença na vida das crianças, já está fazendo, para realmente ver que não existem barreiras, todos podem conviver em harmonia”.