DA REDAÇÃO- Nas últimas semanas, os olhares se voltaram para Caratinga e região. Infelizmente, por um motivo desagradável: os casos suspeitos de febre amarela silvestre. Desde o anúncio oficial da Secretaria de Saúde de Caratinga, de um possível surto localizado da doença na microrregião e a confirmação do alerta pelo Ministério da Saúde e Governo de Minas Gerais; inúmeros órgãos de imprensa tem repercutido o fato.
No noticiário nacional, o assunto foi comentado por praticamente todas as principais emissoras do País. Alguns, inclusive, enviaram equipes à região, para elaboração de reportagens especiais com os moradores, familiares de vítimas, pacientes em recuperação e autoridades de saúde de Caratinga. Os órgãos de imprensa regionais também têm feito ampla cobertura do assunto.
A jornalista Miriam Leitão também comentou a volta da febre amarela ao Brasil, durante sua participação no Bom Dia Brasil, da Globo. “Há vários motivos que explicam o reaparecimento de uma doença que foi declarada erradicada no Brasil em 1942. Fenômenos climáticos e o avanço da população sobre áreas de mata. Há casos de escassez de vacinas, mas está havendo um aumento da oferta da imunização em Minas Gerais. Nos últimos anos, segundo a presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Nisia Trindade Lima, houve um aumento muito grande das áreas em que é recomendada a vacina. Mas, ao contrário da dengue, zika e chikungunya, em que a defesa é o combate ao mosquito, contra a febre amarela a luta pode ser muito mais eficaz”.
Na imprensa internacional não tem sido diferente. O jornal americano “New York Times”, na última sexta-feira (13), publicou uma reportagem com o seguinte título: ‘Yellow Fever Outbreak in Brazil Prompts a State of Emergency’, ou traduzido para o português, ‘Surto de febre amarela no Brasil provoca estado de emergência’. A reportagem citou a vizinha cidade de Ubaporanga, afirmando que, embora muitas das áreas, onde Estado tenha relatado casos de febre amarela sejam rurais, alguns casos foram registrados em pequenas cidades, por exemplo, uma morte registrada em Ubaporanga, uma cidade de 12.000 pessoas.
Caratinga e microrregião seguem em alerta contra a doença. A vacinação está sendo intensificada e até o momento, 11 óbitos suspeitos por febre amarela silvestre foram registrados.