A família é uma instituição divina considerando os benefícios que traz ao casal e aos filhos. Até Jesus Cristo quis nascer numa família, talvez para nos mostrar Sua vontade de nos oferecer o aconchego familiar como o primeiro alimento.
A importância da família bem estruturada na formação do indivíduo, é imensa. Ela é a primeira sociedade na qual convivemos e levamos o resultado do convívio pela vida toda. É a base da formação do indivíduo.
É no convívio familiar que aprendemos a respeitar, partilhar, ter compromisso, disciplina e administrar conflitos. Cada um carrega uma história de experiências, aprendizagem, lembranças, respeito, cumplicidade ocorridos no seio da família. A família educa e forma indivíduos seguros e aptos para o convívio social.
As lembranças da infância, que são porções de alegria, são levadas sempre na recordação e no coração. Momentos simples, seja de conversa ao redor da mesa, podem estabelecer um vínculo de confiança entre pais e filhos, e fortalecer os laços de afeto.
Ter um bichinho de estimação, ajuda a formar o senso de responsabilidade, brincar com os primos proporciona o respeito pelo próximo. Enfim, são incontáveis as oportunidades que a família tem de fazer um indivíduo feliz. O cheiro de café que lembra a vovó, a canção que a mãe canta antes de o filho dormir, as brincadeiras com o pai. São gestos que ajudam a fazer dos filhos pessoas seguras, alegres, agradecidas.
Lembrando que a infância feliz assegura uma vida adulta feliz.
Todos nós levamos os ensinamentos da família a forrar nossos passos. Em discursos, entrevistas e artigos de pessoas adultas e bem sucedidas, há sempre referências e lembranças da infância a ajudarem na caminhada.
Hoje, vemos frequentemente violência, drogas e outros desatinos cometidos por jovens. Quase sempre encontramos, como explicação, a falta de uma família bem estruturada. Os infratores nem sempre têm uma família vigilante e amorosa.
A conversa entre pais e filhos é de muita importância. Na vida corrida de hoje, muitas vezes os pais deixam de ser amigos dos filhos, de lhes dar presença amiga e afetuosa. A conversa com os filhos sobre tudo ajuda a formar um laço de confiança e simpatia entre eles. E isso facilitará o entendimento quando as crianças forem adolescentes e jovens, pois o adolescente e o jovem terão o hábito de conversar e estabelecer com os pais uma amizade que permitirá que eles contem, com naturalidade, suas vivências, seus medos, seus conflitos.
Infelizmente, hoje a educação é fanada por passeios nos shoppings, no Google, Facebook substituindo os pais. Os sites têm sido o livro de ética dos jovens. É bom que a família pense nisso, pois o mundo de hoje está, a cada momento, mais cheio de acenos e atrativos para o mal.
A presença e atuação da família, tornam-se imprescindíveis. E um tema muito discutido hoje é a dificuldade em pôr limites. Lembrar que o não de hoje fará um adulto forte. Aprender a receber um não, ensina à criança que a vida nem sempre lhe dará sim, e evita frustrações. Ela aprenderá, também, a dizer não às drogas, ao álcool, ao sexo prematuro, aos pequenos furtos, à desonestidade, à mentira.
Outra dificuldade que deve ser devidamente contornada com sabedoria, é a separação do casal. O divórcio machuca os filhos. É preciso fazer com que eles se sintam amados pelos pais, mesmo separados. É necessário que se faça com responsabilidade, e que o novo arranjo da família possa dar aos filhos a certeza do amor.
Os seres humanos não foram criados para viver isolados, mas que constituíssem família, de cujo seio devem surgir a paz, o amor, a união como suprema virtude dos homens e como humana realização do princípio divino.
Marilene Godinho