Curso de Taxidermia envolve turmas de Ciências Biológicas do UNEC no Centro de Estudos da Biologia – Campus II
DA REDAÇÃO – Alguns conhecem a técnica como “empalhamento”, outros nem sabem que essa técnica é possível. Empalhar animais é uma expressão popular para o que se chama de Taxidermia, processo de preenchimento de cadáveres de animais para que eles pareçam estar vivos novamente. Os alunos de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Caratinga (UNEC), durante o último sábado (03), participaram de um curso sobre o tema e puderam criar passo-a-passo algumas espécies de animais taxidermizados. O cenário de inspiração foi o Centro de Estudos da Biologia (CEB) da Unidade II, onde se encontra o Museu da Biologia, que reúne mamíferos, répteis, aves e outras diversidades em exposição.
O professor e coordenador do curso de Ciências Biológicas, Ronny Francisco de Souza, é quem ministra o curso periodicamente. Ele explica que os cadáveres dos animais utilizados para a Taxidermia são todos encontrados na natureza, por órgãos públicos – Polícia Federal, Defesa Civil – ou pela própria comunidade, e encaminhados ao CEB. “Desde 2012 nós proporcionamos aos alunos esse curso. A Taxidermia é uma técnica que, na verdade, tem pelo menos duas modalidades: uma é a parte científica, muito utilizadas em pesquisas, onde o aluno tem que enviar essa peça para análise ou, até mesmo, tombar esse animal para ser usado de consulta posteriormente. O que nós fazemos aqui é uma Taxidermia artística, em que nós colocamos o animal na posição que ele é visto na natureza, para que pessoas possam visitar o Museu, como temos aqui o Museu de História Natural”, ele explica.
Segundo o professor Ronny, ainda, os animais expostos no Museu do CEB podem ser utilizados para didática. “Os estudantes podem visualizar os animais e, consequentemente, observar as características principais, manusear e perceber os traços de cada um. Além disso, proporcionamos no CEB as visitas de escolas da região, para que os alunos conheçam os animais, que compõem a nossa fauna e dificilmente podem ser vistos na natureza com facilidade”, afirma.
Para os alunos que participam do curso e podem, na prática, desenvolver sua própria experiência em taxidermizar um animal, a oportunidade representa também uma expansão das áreas de atuação do biólogo. “A grade curricular do nosso curso no UNEC tem muita diversidade de atividades, temos muitos cursos além das aulas que agregam ao nosso currículo e à nossa experiência. E essa oportunidade do curso de Taxidermia, temos que aproveitar, não perder”, conta a aluna do 4º período, Débora Ernestina Souza Melo.
Guilherme Xavier, além de estudante do 6º período de Ciências Biológicas, também é estagiário do CEB e já está participando do curso de Taxidermia pela terceira vez. “Primeiramente, não é muito comum do nosso cotidiano, então muda muito nossa mentalidade, é prazeroso. Para minha formação profissional, é uma experiência muito enriquecedora, caso eu queira estudar, seguir o mestrado e doutorado, ou até para qualquer área. Desde o 1º período, em diversos momentos vão surgindo cursos e atividades que melhoram nossas habilidades e capacidades, nós nos encontramos ao longo da graduação”, declara.