CARATINGA- As ações de Educação Integral buscam implementar formação em diversas áreas, como esporte, artes plásticas, dança, música, teatro, informática, que complementem o conhecimento tradicional acessado pelos estudantes, por meio da ampliação da jornada escolar. Neste sentido, o território e a comunidade escolar são importantes atores.
Com esse objetivo foi lançado o programa de Educação Integral/Integrada pela Secretaria de Estado de Educação (SEE). Em Caratinga, a Escola Estadual José Augusto Ferreira foi selecionada para receber o projeto. Na manhã de ontem, a escola recebeu a visita da superintendente do Ensino Médio da Secretaria, Cecília Resende e da diretora da 6ª Superintendência Regional de Ensino (SRE), Landislene Gomes, que apresentaram oficialmente o método que começou a ser aplicado na instituição no último dia 1° de agosto.
O PROGRAMA
De acordo com Cecília Resende, superintendente do Ensino Médio da Secretaria, dentre 44 escolas do Estado que estão recebendo o projeto inicialmente, a escola José Augusto Ferreira foi uma das escolhidas por apresentar características consideradas prioritárias. “A proposta da educação integral/integrada para a juventude pressupõe escolher uma escola que tenha um adensamento de matrículas no Ensino Médio e que possa dialogar com os anseios e desejos dessa juventude, nesse território. Assim, a escola tinha todas essas características e é referência dentro dessa cidade”.
Publicada em abril de 2016, a Resolução 2.749/2015 dispõe sobre o funcionamento e operacionalização das Ações de Educação Integral nas escolas estaduais. Com as novas ações propostas, além de o estudante ter o acompanhamento pedagógico e orientação de estudos, ele também participará de atividades que contribuam para sua formação integral. Os alunos permanecem de 7h às 17h30 na escola.
Cecília ressalta que a proposta pedagógica das escolas estaduais de educação em tempo integral no Ensino Médio tem por base a ampliação da jornada escolar – com nove horários diários, que representam 45 horas-aula semanais – e a formação dos estudantes tanto nos aspectos cognitivos quanto nos socioeconômicos. “São 35 horas de Base Curricular Comum, onde os jovens puderam escolher quais as disciplinas que eles gostariam de estudar a mais. Tem uma obrigatoriedade da língua portuguesa e da matemática, mas aqui na escola eles escolheram as aulas de Educação Física, Química e Física. Além disso, mais 10 horas aulas na parte flexível, composta por um curso técnico profissionalizante, a escolha dos alunos dessa escola foram o Marketing e por três campos de integração curricular, um deles Cultura, Arte e Cidadania, os jovens escolheram fazer dança e música; Linguagens, Comunicação e Mídia, a juventude aqui quer fazer conversação em língua inglesa e um campo de Pesquisa e Inovação Tecnológica, cujo desejo é participar de projetos de aulas que desenvolvam a robótica”.

A diretora da 6ª Superintendência Regional de Ensino, Landislene Gomes cita que intenção é ampliar oferta na escola
EXPECTATIVAS
Landislene Gomes destaca que o número de alunos que tem se interessado em participar do programa de educação integral/integrada na escola tem aumentado gradativamente. “Caratinga está recebendo com muito carinho esse projeto. Entre as escolas de Minas Gerais, somos uma das escolas que está recebendo o programa. Aqui, a Escola Estadual José Augusto Ferreira foi privilegiada, estamos tendo uma adesão muito grande de alunos, que estão o dia todo na escola. Começamos com um número pequeno de 60 alunos e já estamos atingindo 100 alunos na abertura do programa. Estamos felizes e acreditando que já está dando certo, inclusive nós queremos abrir para outros alunos”.
A diretora da Superintendência Regional de Ensino ainda cita que a expectativa é de ampliação da oferta do programa na escola. “Hoje estamos preparados para ter cinco turmas, somente aqui. A motivação é muito grande, os pais estão acreditando muito e os alunos também. Todos os dias no café da manhã e no almoço estamos recebendo os pais para participarem e conhecerem esse programa”.
Alunos e pais de alunos estão empolgados com os primeiros resultados. É o caso de Larissa Lopes, aluna do 1° ano do Ensino Médio. “A cada dia a gente gosta mais do projeto, do espaço. Estamos sendo muito bem tratados na escola, aumentando o afeto que a gente tem um com o outro, os laços”, disse.
Andreza Miranda, mãe da aluna Larissa, também acredita que o tempo em que a filha permanece na escola, contribui para ampliação do conhecimento. “Vai acrescentar muito no currículo para eles, fiquei muito feliz que o Ensino Médio está recebendo a escola em tempo integral. A expectativa em relação a estudo está sendo motivada e se ela está feliz, também estou feliz com a decisão dela”.
Amanda Estácio, também aluna do 1° ano Ensino Médio, acredita que mais alunos se interessarão pelo projeto. “Está trazendo melhorias pra gente, novos conhecimentos e curiosidades. Estamos todos muito animados que continue assim”.