Recomendação para pacientes com sintomas iniciais de covid-19 em tratamento domiciliar, depende de indicação médica e assinatura de termo de autorização
CARATINGA- O DIÁRIO DE CARATINGA trouxe uma reportagem na edição de ontem, a respeito da proposta de uso de esquema de medicamentos para tratamento domiciliar de casos leves suspeitos ou confirmados de covid-19, utilizando hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina, por exemplo.
As informações até a quarta-feira (1°), quando da elaboração da reportagem, conforme inclusive relatou a prefeitura, eram de que os estudos ainda estavam ocorrendo, mas, ainda na manhã do dia seguinte, o executivo assinou portaria já colocando em vigor as recomendações.
O uso destes medicamentos é discutido no País e no mundo e em Caratinga não é diferente. Logo que a notícia foi publicada muitos foram os comentários, alguns questionando e desacreditando neste tratamento e outros que concordam com a indicação. Um assunto bastante relatado pelos internautas foi a automedicação, já que a procura por tais medicamentos já estava intensa antes mesmo da divulgação do documento.
Conforme as recomendações da Secretaria de Saúde, os esquemas serão opcionais aos pacientes que, caso concordem, ainda precisam assinar um termo autorizando, uma vez que não há comprovação científica da eficácia; e também será necessário atestado médico. Além disso, não é recomendado o uso dos remédios para prevenção, mas, para tratamento de pacientes que não necessitaram de internação e seguem em casa.
TREINAMENTO
A Prefeitura encaminhou nota à imprensa, onde disse que “o Ministério da Saúde elaborou uma orientação para que, em todo Brasil, as pessoas com sinais e sintomas de Covid-19 possam procurar uma unidade de saúde mais próxima logo no início da doença e, após a devida avaliação médica, ter a opção de receber prescrição de medicamentos utilizados para tratar o coronavírus com doses seguras”.
A Prefeitura cita que o Conselho Federal de Medicina já conferiu a autonomia aos médicos para prescrição desses medicamentos, e os pacientes poderão optar por recebê-los.
Ontem, a secretária de Saúde, Jacqueline Marli dos Santos, e a pneumologista, Maria José, falaram sobre o assunto.
De acordo com Jacqueline, a inserção do protocolo foi baseada em experiências exitosas de outras regiões. Ela disse que o documento tem como proposta direcionar a atuação dos profissionais médicos em relação à prescrição de medicamentos para casos suspeitos e confirmados, apesar de não haver obrigatoriedade do uso do protocolo. “O município está trabalhando para que, em breve, os medicamentos sejam disponibilizados de forma gratuita para toda a população. Durante esta semana, médicos e enfermeiros participaram de um treinamento para a inserção e efetivação das novas medidas de enfrentamento do novo coronavírus”.