Empate no NEEC: 233 votos para cada chapa
Chapas empataram na Escola Estadual Professor Joaquim Nunes. Além disso, processo foi suspenso em escola de Piedade de Caratinga devido a conflitos
CARATINGA – Nesta terça-feira (15), as escolas estaduais do município de Caratinga e da região realizaram processo de indicação de diretores e vice-diretores, que assumirão os cargos no ano que vem. O processo teve participação de pais, estudantes e trabalhadores que atuam nas escolas, que ficaram abertas para a votação de 8h às 20h para a votação.
Na montagem das chapas, puderam participar profissionais efetivos e não-efetivos. Os diretores eleitos
Processo foi coordenado pela equipe da 6ª Superintendência Regional de Ensino, com sede em Caratinga
terão exercício de três anos, podendo ser reconduzidos por igual período, desde que realizado novos processos. Nos 24 municípios da 6ª Superintendência Regional de Ensino, sediada em Caratinga, 109 candidatos concorreram ao cargo em 91 escolas.
O processo, coordenado pela Superintendência ocorreu de maneira bastante tranquila, como avalia a diretora Landislene Gomes Ferreira, a Landinha. Apenas uma instituição de ensino precisou de intervenção policial, a
A diretora de Gestão de Pessoal, Patrícia Santana explica critério de desempate na Escola Estadual Professor Joaquim Nunes
Escola Estadual Engenheiro Caldas, por denúncias de “boca de urna”.
Landinha destaca que a integração da equipe da SRE com as escolas garantiu um processo satisfatório. “Consideramos o processo tranquilo, acompanhamos durante todo o dia, teve início às 8h conforme mandava a resolução e encerrou às 20h. Ficamos de plantão na Superintendência durante todo o processo, acompanhando em todas as escolas da regional tendo noticia o tempo todo, dando toda a assistência e nós consideramos o processo tranquilo conforme já esperávamos. Todas as comissões foram capacitadas, tivemos alguns probleminhas, mas detalhes muito simples e que foram resolvidos no decorrer do dia. O processo foi encerrado com tranquilidade e democracia, em todas as escolas”.
O processo, coordenado pela Superintendência ocorreu de maneira bastante tranquila, como avalia a diretora Landislene Gomes Ferreira
Mas, o processo de Caratinga teve um episódio inédito. As duas chapas que concorriam na Escola Estadual Professor Joaquim Nunes, conhecido como NEEC, empataram com 233 votos. Para Landinha, o fato mostra a importância do voto. “Gostaríamos de agradecer a toda a comunidade que nos ouviu, que atendeu ao nosso pedido indo às escolas, votando, participando deste processo de indicação com muita lisura. A maioria dos pais compareceu, não tivemos reclamação de abstinência de pais, de resistência, os alunos participaram com muita democracia e um dos fatos que veio a coroar o que nós pedimos, a respeito do empate que teve na escola NEEC, mostra que um voto faz diferença, o que mostra que a participação de todos, de toda a comunidade é decisiva e é importante neste momento deste processo de indicação de diretores nas escolas”.
Sobre as providências que foram tomadas, a diretora de Gestão de Pessoal, Patrícia Santana explica os
De acordo com a inspetora escolar, Karina de Cássia Ferreira Lima, as escolas tiveram todo o suporte necessário para lidarem com qualquer tipo de situação
critérios estabelecidos, que fizeram com que o atual diretor da escola, Sebastião Pedra, vencesse no desempate. “De acordo com a resolução, primeiro critério, aquele servidor que tem o maior tempo de serviço na escola, segundo item é ter o maior tempo de serviço público no magistério e, sem seguida, maior idade. O servidor que preenche esses requisitos, seu nome vai ser submetido ao governador do estado que fará a possível nomeação”.
Apesar de o empate ter pegado de surpresa aos candidatos, Patrícia ressalta que não houve contestação do resultado. “Foi tranquilo, houve recontagem, havia duas inspetoras da Superintendência acompanhando o processo. As duas partes entenderam que houve total lisura do processo e que o empate foi legítimo”.
ACOMPANHAMENTO
Cada escola contou com uma Comissão Organizadora que acompanhou todo o processo, desde a inscrição das chapas, apuração da votação e análise de recursos.
De acordo com a inspetora escolar, Karina de Cássia Ferreira Lima, as escolas tiveram todo o suporte necessário para lidarem com qualquer tipo de situação. “Foi um trabalho exaustivo da nossa equipe de inspetores, que esteve nas escolas acompanhando todo o processo, em que a uniformidade das ações das equipes foram anteriormente discutidas, analisadas junto à equipe para que pudessem estar nesse dia 15, acompanhando as escolas e assessorando em todas as possíveis eventualidades e problemas que a gente pudesse incorrer no momento do processo. Ficamos de plantão assessorando essa equipe que, constantemente durante o processo esteve em contato conosco tirando todas as dúvidas das situações em que nós não tínhamos pontuado nesse levantamento de possíveis situações que acontecessem no processo e nós fomos dando esse norteamento”.
Para Karina, o planejamento de ações garantiu a legalidade do processo de indicação de diretores na área da 6ª SRE. “Conseguimos êxito, evitar o maior número de situações dentro da escola e contornar os problemas que foram surgindo, que na verdade dentro de um processo que mesmo sendo democrático; a gente tem situações em que não está esperando no momento e que a legislação nos norteia. É um processo educacional, político, mas não partidário, que dentro da escola é um exemplo para os nossos alunos de exercício da cidadania”.
PROCESSO SUSPENSO EM PIEDADE DE CARATINGA
Na cidade de Piedade de Caratinga, mais uma situação inusitada. Na Escola Estadual Frei Carlos, o processo de indicação de diretores foi suspenso, devido a conflitos. “É o que a gente vinha nas nossas reuniões de capacitação, junto às chapas inscritas nas escolas, de estar orientando em relação a toda e qualquer irregularidade que pudesse ocorrer nesse processo. Em algum momento, em determinadas situações a conduta adotada pelas pessoas envolvidas no processo não foi devida, da forma como foi estabelecida na legislação e como estamos aqui enquanto SRE para garantir a regularidade e a legalidade do processo com todas as nossas escolas, sem exceção, tornou-se necessário, não por uma decisão única da Superintendência, mas uma decisão também partilhada junto à escola, às chapas envolvidas, de acordo com os conflitos que foram acontecendo na escola no decorrer do processo”, explica Karina.
A partir de agora, a decisão partilhada será encaminhada à Secretaria de Estado da Educação, para que oriente à 6ª SRE, de qual será o procedimento e como esse processo acontecerá dentro da Escola Estadual Frei Carlos. Enquanto isso, a atual diretoria permanece.
No geral, com o fim do processo de indicação de diretores, a inspetora escolar espera que os trabalhos sejam retomados, deixando a disputa de lado e mantendo um trabalho de harmonia dentro das escolas. “Gostaríamos de parabenizar aos nossos candidatos que foram indicados pela comunidade escolar, que a partir da data que a Secretaria nomeá-los, vão assumir a gestão da escola. Agora pedimos que a escola retome à sua normalidade, sabemos que este processo traz conflitos entre o relacionamento das pessoas. Mas, que essas pessoas agora consigam realmente resgatar esse respeito que tem que existir dentro das nossas escolas, porque foi somente um exercício mesmo de democracia que a gente viu nas nossas escolas. Então que esse respeito mútuo permaneça a partir de agora”.
