Crônica escrita pelo aluno Davy Arêdes
A terceira idade e a árvore, o que elas têm em comum?
A única certeza que temos na vida é a morte. É o nosso ciclo: nascer, crescer, envelhecer e morrer. Lamentavelmente existem pessoas que acham que viverão por muito tempo e não irão acumular marcas físicas e psicológicas do passado. Outros, querem envelhecer, mas infelizmente encerram seu ciclo mais cedo. Temos sempre que lembrar de todos os pontos positivos da terceira idade e também de seus conhecimentos adquiridos.
Tais reflexões me ocorreram quando estava sentado em um ponto de ônibus. Ao meu lado estava uma jovem mulher cuidando de uma idosa e à minha frente, do outro lado da rua, havia uma majestosa árvore, aparentemente antiga. Percebi então, enquanto fingia paciência, os pontos em comum entre a idosa e a árvore.
Quando plantaram a semente da árvore, em um pequeno espaço à beira da calçada, ela começou a brotar, iniciando o seu ciclo. A cada dia que passava, ela ia crescendo e conhecendo seu território, igual a uma criança, que pouco a pouco vai descobrindo o mundo.
A cada sonho que a árvore conquistava – como ultrapassar o telhado de uma casa – se comparam aos sonhos de uma pessoa – como o de se tornar um ser realizado.
Com o passar do tempo as pessoas e as árvores não escondem marcas de seu passado. Algumas marcas são boas, outras nem tanto, mas o que certamente muda é seu conhecimento, seus sentimentos… Isso é grandioso! Mas enfim, o ciclo se completa… e a morte chega.
Antes que ele se complete é preciso apreciar a beleza de cada parte desse ciclo. É necessário relembrar o passado, o que você viveu, lutou e conquistou, e os valores que adquiriu ao longo de sua jornada.
Nascer é divino, renascer é fundamental, crescer é necessário, não somente o pé ou o cabelo, mas o caráter, o conhecimento, o respeito, os sentimentos. Envelhecer é preciso, não queremos juventude eterna, mas não queremos morrer jovens.
Portanto, morreremos um dia. Sim! Morreremos! Mas só se morre uma vez e vivemos todos os dias. Viver como aquela idosa é o que todos nós queremos! Então, como não admirar e respeitar aquela senhorinha e aquela árvore?
Opa! Meu ônibus chegou.
Davy Rocha Arêdes
Aluno do Núcleo de Ensino Professor João Martins – NEPJM
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Crônica escrita pela aluna Karen Emanuelly
O amor é um bem
Enquanto andava pelas ruas da cidade, eu seguia minha rotina. Caminhava rapidamente. Estava nervosa por pensar nas obrigações da semana. Na tumultuada calçada, me aproximei de um pai que estava com sua filha. Eles andavam devagar, sorridentes e felizes. Em meio a pessoas aparentemente rudes e amargas, os dois me fizeram refletir e refazer meus pensamentos.
Por alguns instantes viajei até minha cidade de origem, onde meu querido pai se encontrava. Ele é a definição perfeita de amor, é quem me dá paz e conforto, quem vê brilho no meu dia mais escuro, é quem torce e vibra por mim sempre. Sou feliz em ser amada por um homem tão incrível como ele.
Eu não estava feliz naquele momento, talvez estivesse exausta. Mas, em meio a um dia amargo, aquela imagem tão doce – que me fez lembrar o que é amar e ser amada, me trouxe uma felicidade imensa. A imagem do pai e da filha me fez perceber que em qualquer situação devemos nos lembrar do amor, tanto o amor que é atribuído a você ou o amor que você atribui a alguém.
Karen Emanuelly
Aluna do Núcleo de Ensino Professor João Martins – NEPJM
Um comentário
Taissa
Textos maravilhosos!!! Da para perceber o sentimento que eles colocaram nos textos e isso realmente é cativante!!!