Crônicas escritas por Victor Garcia
Arte
Arte…. Afinal, o que é arte? Seria o cuidado da mãe com seu filho? Um zelo na hora de fazer uma comida? Mais tempero, menos sal? Uma dança sincronizada entre um casal apaixonado em perfeita sincronia? Um artesão nos últimos detalhes? Um pintor nas últimas pinceladas, aquelas que nunca acabam… Um músico ao montar sua última sinfonia?
Tudo isso pode ser arte… mas ainda, o que pode ser afinal? Um poeta trocando sentimentos por palavras…
Acho que arte seria quando deixamos um pouco de nós em tudo o que fazemos… Algo que fazemos por amor, com vida, apaixonado. Seria o que dá razão para a nossa vida, o que nos faz levantar e dar bom dia, o que nos deixa sem fôlego, o que dilui o ego, o que tira o eu e vira nós.
Contraste
O tempo está mais quente e as pessoas estão mais frias. Minha mãe se perguntava: “Como que em meu tempo ninguém morria de frio como hoje?”.
Mamãe, as pessoas estão mais distantes e um abraço está cada vez mais raro. A tecnologia mais simples e de maior eficácia contra o frio é o calor do próximo, um aperto de mão, um beijo, um abraço sincero.
Malditos tempos de frieza e mentira em que nada mais vale pela palavra e sim pelo dinheiro e pelo papel, assinando com sua própria alma.
Hoje são raros os momentos de um abraço amigo e de um beijo sincero… Algo que de mim sempre terá, ou não terá nada. Sou assim, jogo com a mesma moeda, minha essência tende a ser pura.
Me vejo em solidão a cada dia que passa, único… Mergulhado em pessoas que não tem expressões únicas, que estão totalmente perdidas… e o pior: estão inertes em uma realidade diferente daquilo que realmente importa… e que muitas vezes cabe dentro de um abraço.
Vitor Garcia Santos
Aluno do Núcleo de Ensino Professor João Martins-NEPJM