É com muita alegria que comunicamos o aniversário de Dulce. Não é um simples aniversário, mas uma data grandiosa e festiva. Completar 100 anos de vida é uma graça especial de Deus.
Dulce nasceu em Inhapim, mas bem pequena ainda veio com a família para Caratinga, onde passou sua vida. Foi aqui que ela viveu a juventude, o casamento e momentos inesquecíveis de sua caminhada
Filha de Rodolfo Moura e de Theresa Viggiano Moura. Estudou no Rio de Janeiro e exerceu o magistério nos educandários de Caratinga, Escola Estadual Princesa Isabel e Escola Estadual Sinfrônio Fernandes.
Com duas irmãs, Lelena e Zélia, convivia em perfeita harmonia. Uma amizade fraterna que embalava a vida familiar refletindo carinho, entendimentos e troca de confidências.
Em Caratinga, em sua juventude, morava na rua Benedito Valadares em frente à loja de calçados A Futurista, que atendia grande parte de fregueses e que até hoje é lembrada. Carmo Vigiano, Ciro do Val e Milton do Val eram donos dessa sapataria. Eram animados e gostavam de colocar músicas para animar o footing da praça. Por morarem próximos, Ciro e Dulce trocavam olhares de encanto e bilhetinhos de amor. E desse começo romântico foi surgindo o namoro. Depois de algum tempo, casaram-se. Tiveram uma filha, a Dionéia, moça linda, delicada e elegante que atraia a admiração de todos.
Falar de Dulce é falar de alguém que possui muitas qualidades, ressaltando a delicadeza, a fina educação e bondade que inunda seu coração feito para amar e guardar nele o que há de mais puro. Todas as pessoas com as quais ela conviveu e convive, são unânimes em afirmar suas virtudes. Dulce não sabe tecer assuntos que denigrem a imagem de alguém, pois só tem palavras de elogio e bondade. Conversar com ela sempre foi um deleite, pois os assuntos eram agradáveis e repletos de exemplos.
Fui à casa dela para fazer uma entrevista sobre o Dr. Maninho, cuja biografia eu escrevi. O tratamento que dona Dulce me deu, foi de quem recebe de braços abertos e fineza nos momentos de perguntas e respostas. Foi sincera e contou tudo quanto sabia com exatidão. Também o Sr. Ciro participou com depoimentos muito interessantes que enriqueceram as páginas de meu livro.
Depois de uma boa conversa com os dois, dona Dulce serviu-me um gostoso lanche. Muito requintado. A mesa posta com beleza no jogo de chá, nos guardanapos, em tudo que ornamentou a mesa. Atendeu-me com a elegância das grandes damas.
Um aspecto importante na caminhada de Dulce é a fé em Deus que a fez, vida inteira, confiar sempre, em momentos de lutas e em momentos de júbilo. E soube passar essa fé à filha que se lembra muito da esperança que sua mãe nutria quando se entregava à vontade de Deus.
Dulce tem uma neta, Tuska, que é procuradora do Estado e merecedora do carinho da avó a lhe desejar toda a felicidade do mundo.
Depois de muitos anos de lutas e trabalho, de alegrias e conquistas, Dulce completa 100 anos de vida. Chegar a essa data geralmente acontece com pessoas que vivem em paz. Observo isso. Pessoas que chegam a ter longevidade, são sempre cordatas, amigas, tranquilas, que não guardam rancor, que não se exaltam nunca, permanecem sempre na paz.
É hora de Dulce colher o que plantou. E já está colhendo amor, amor, amor, da filha, da neta, dos parentes e amigos e até de Deus que tem abençoado seus passos em uma caminhada feliz.
Desejo-lhe saúde, al
egrias, realizações e o carinho de todos que a rodeiam. E que Deus continue iluminando seus passos e tecendo a sua felicidade.
Marilene Godinho