Vereadora Giuliane fala sobre projeto que beneficiará autistas
CARATINGA – Como já adiantado na coluna painel desta terça-feira (4), a vereadora Giuliane Quintino Teixeira do PT, entrou com o projeto de lei para registro e tramitação 038, que “dispõe sobre a obrigatoriedade de inserção do símbolo mundial da conscientização dos Transtornos do Espectro Autista – TEA, nas placas de atendimento prioritário”.

Vereadora Giuliane mostra símbolo mundial da conscientização do Transtorno do Espectro Autista que deverá ser afixada em estabelecimentos públicos e privados
Para explicar melhor o projeto, Giuliane esteve nos estúdios do DIÁRIO DE CARATINGA, com a repórter Paula Lanes, onde participou do programa “Diário no Legislativo”.
O autismo, também chamado de transtorno do espectro autista, é um Transtorno Global do desenvolvimento caracterizado por alterações significativas na comunicação social e no comportamento. Apresenta uma ampla gama de severidade e prejuízos sendo frequentemente a causa de deficiência grave, representando um grande público de saúde pública.
Segundo Giuliane, a situação de uma fila demorada e com muitas pessoas, é extremamente incômoda para um autista, em especial, para uma criança. No caso de pessoas com autismo leve, o transtorno ainda é mais difícil de identificar e as outras pessoas na fila não compreendem o que ocorre, como aconteceria com um uma pessoa com deficiência visual ou física, por exemplo.
“Colocamos esse projeto para trazer a conscientização do atendimento prioritário para aquele que é portador do espectro autista. Temos vários graus de autismo, entre crianças e adultos, a gente sabe que não é fácil para eles estar num ambiente que demore o atendimento, ou que tenha algum ruído”, explicou a vereadora.
FITA QUEBRA-CABEÇA
Ainda de acordo com a vereadora, a “fita quebra–cabeça”, símbolo mundial da conscientização do Transtorno do Espectro Autista, será afixada em estabelecimentos públicos e privados que disponibilizam atendimento prioritário.
Entende-se por estabelecimentos privados, supermercados, bancos, drogarias, restaurantes, hospitais e lojas em geral. E os públicos, hospitais, unidades básicas de saúde e repartições públicas.
“Essa fita que simboliza o autismo é composta por várias peças de quebra-cabeça de cores fortes, mostrando justamente que não é fácil identificar, não é fácil saber qual o grau do autismo, então ela vem trazer essa complexidade que é ter alguém autista em casa”, disse.
Portanto com a aprovação da lei, assim que a pessoa chegar ao estabelecimento verá a fita afixada, e saberá que ali quem tiver autismo terá prioridade.
“Acredito que a gente deva expandir essa conscientização para outros locais que precisam ter o atendimento prioritário, como por exemplo, no ônibus, porque a gente sabe que dependendo do grau de autismo, o menor ruído pode desencadear uma crise”.
Giuliane citou o importante trabalho que é feito na Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), que tem o centro de autismo, que ajuda no desenvolvimento destas pessoas.
Caso a lei seja aprovada pelos vereadores, ela terá 90 dias pra ser regulamentada.