Ação educativa é realizada na Praça Cesário Alvim
CARATINGA- A Sociedade Brasileira de Nefrologia coordena no Brasil a Campanha do Dia Mundial do Rim, que tem como objetivos disseminar informações sobre as doenças renais, com foco na prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado. Em 2023, o tema é “Cuidar dos vulneráveis e estar preparado para os desafios inesperados”
Em Caratinga, a programação foi realizada na Praça Cesário Alvim, envolvendo a Prefeitura de Caratinga, através da Secretaria de Saúde, o Núcleo e Apoio à Saúde da Família e a Clirenal.
A enfermeira Imaculada Dutra destaca a importância de cuidar da saúde dos rins. “A gente procura eleger um dia para que possamos fazer ações voltadas para conscientização da população a respeito da importância do rim, para que possamos viver. Essa estratégia visa conscientizar mesmo sobre a importância de alimentação adequada, realizar exames básicos para avaliar a função renal e atividade física”.
A prevenção é a principal palavra, por isso, a população recebeu orientações na ação na Praça. “É aquele velho ditado, melhor prevenir que remediar. A prevenção é a base de tudo. Se a gente consegue detectar alguma falha nesse órgão, antes de um dano irreversível é muito mais fácil. Já o tratamento já é uma coisa às vezes mais difícil, mas, lógico, é possível, mesmo depois de uma lesão, que a pessoa tenha uma qualidade de vida após esse diagnóstico, o que já demanda um pouco mais de cuidado e tratamento”.
Rosângela Maimone, enfermeira nefrologista, explica que os desafios enfrentados pelos sistemas de saúde nos últimos anos acabam impactando na procura destes pacientes por prevenção e diagnóstico. “Esse dia chama atenção para os cuidados da função renal e a prevenção, para que as pessoas que tiveram essa vulnerabilidade porque vieram da pandemia e de alguns agravos, catástrofes ambientais, dentre outros, muitos deixaram de fazer os seus acompanhamentos e assistência, esse controle. Chamamos a população e as pessoas que já têm essas doenças de base, como diabetes, hipertensão, problemas cardiovasculares, colesterol elevado, dentre outros, para que converse com o médico e ele solicite exames simples, de creatinina, para ver a função renal”.
A enfermeira afirma que a doença em si pode ser tratada. “Às vezes se manifestam os sintomas, mas, eles são inespecíficos. Então, com assistência e acompanhamento, consegue retardar e fazer a prevenção precoce da perda da função renal”.
Mas, Rosângela também alerta para casos de insuficiência renal aguda ou crônica graves. Em casos em que os remédios não são suficientes e a doença progride, pode ser necessário iniciar a hemodiálise. Esta decisão é tomada em conjunto com o paciente e o seu médico nefrologista. “Após passar por todo esse processo da avaliação com o médico e havendo a necessidade, relatando com os pacientes e seus familiares que ele precisa agora de um tratamento, o estágio final da doença, realmente será submetido à hemodiálise. A diálise em si tem duas características, hemodiálise ou a diálise peritoneal. Após isso ele entra no tratamento, é submetido a três vezes por semana, três sessões por semana, quatro horas cada sessão e ali ele é assistido de forma total, com uma equipe multidisciplinar, médico nefrologista, toda assistência de enfermagem para que possa dar continuidade ao tratamento nesse estágio final da doença. Sabendo-se também que ele tem a escolha do transplante, cadastrado, aguarda na fila”, finaliza.