Profissionais de saúde são as primeiras vacinadas em Caratinga
CARATINGA- Quarta-feira, 20 de janeiro de 2021, 8h10. Dia e hora históricos para Caratinga com a aplicação das primeiras doses da vacina contra a covid-19. O ato simbólico aconteceu na Secretaria de Saúde e contou com a participação do prefeito Welington Moreira e do secretário de Saúde Erick Gonçalves.
Foram imunizadas as técnicas em enfermagem Sônia Germana Luca Dantas, 60 anos; Maria Rosa da Consolação, 55 anos e Maria Ângela Custódia, 61 anos.
Sônia foi a primeira a ser vacinada no município. Ela atua no Estratégia Saúde da Família Santa Cruz II. Ela destaca que no início estava receosa, por ser a primeira a receber a imunização. No entanto, aos poucos, esse sentimento se transformou em gratidão. “Temos que fazer alguma coisa pela saúde, trabalho na área tem muitos anos e sei como é. A chegada da vacina traz esperança de dias melhores. Já perdemos muita gente com covid, essa vacina para nós é uma esperança para um futuro melhor”.
A profissional reforça que é preciso acreditar na vacina e sua eficácia contra a doença. “Todas as vacinas, não só a covid, dão reação. Quando a vacina dá reação é porque seu organismo está funcionando bem. Vamos parar de perder as pessoas que nós amamos. Elas não tiveram essa oportunidade que estamos tendo agora, a vacina chegou um pouco tarde, mas, agora temos esperança. Vamos confiar que tudo vai dar certo daqui pra frente. Talvez eu tenha reação à vacina, mas, este já é um passo grande”.
Maria Rosa, atua na UTI Covid do Casu Hospital Irmã Denise. Para ela, uma grande expectativa e o privilégio de ser uma das primeiras vacinadas. “É um espaço aberto de esperança em todos os sentidos, vencermos essa pandemia, retornar à vida normal que ainda não estamos tendo e também pelas vidas que têm partido. Por aquelas pessoas que estão tendo a oportunidade de viver de novo, para nós é uma alegria imensa quando vemos saindo, familiares chorando; a comoção é tão grande que até nós nos derretemos. É uma oportunidade única de ver meus netos, meus filhos, tendo uma vida normal, hoje em dia estamos reprimidos”.
Portadora de Diabetes Mellitus, Maria Rosa é considerada do grupo de risco e já foi infectada. “Não cheguei a precisar ficar internada, mas, é muito sofrido. É a oportunidade de me imunizar, eu que trabalho na área de saúde há algum tempo, trabalhei em sala de vacinação há quase 10 anos, sei a importância da vacinação e quantos gostariam de estar no meu lugar”.
Maria Ângela Custódia atua na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora. Ela também entendeu a importância de se imunizar que acredita em dias melhores. “Primeiramente eu não aceitava, porque eu achava que seria a cobaia. Mas, quando me falaram da importância da vacina, eu disse que me sinto à vontade e iria vacinar. É muito importante para nós que temos famílias e sentir que podemos estar cuidando de outras pessoas também. É muito bom, todos estão esperando a vacina para ter uma vida normal, nossa vida parou no tempo desde que a doença surgiu”.
Helena Paulista, que também é técnica em enfermagem, foi a responsável pela aplicação das primeiras doses no município e descreveu o sentimento: “Muito importante e emocionante. Trabalho com vacina há muitos anos e sabemos que é uma luz no fim do túnel para todas as pessoas que estão sofrendo”.