Dia dos avós é uma data que suscita merecida homenagem. Foi escolhido o dia 26 de julho por ser o dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Nossa Senhora e avós de Jesus Cristo.
Muitas pessoas não gostam de datas criadas para enaltecer afetos e feitos importantes. Dizem que dia da mãe, dia do pai, dia dos avós devem ser todos os dias. Na verdade, nós os amamos toda hora, mas não conseguimos dar presentes e comemorar sempre. A rotina não nos permite parar diante do trabalho e tarefas do dia a dia. Portanto, tem de haver um dia para que pensemos na homenagem e dediquemos nossa gratidão às pessoas realmente especiais em nossa vida.
A vovó é figura importante e muito querida. Sua presença é preciosa e necessária.
Escrevi um livro sobre a vovó e a chamei de mãe com mel, pois ela faz o que a mãe faz, e ainda adoça tudo com mel, carícias e mimos. O cuidado que as avós têm com os netos é algo divino. Penso que esse enlevo e vigilante ternura acontecem pelo fato de a vovó já ter vivido muitos anos e que, por isso, deseja voltar no tempo ido. Os anos passados retornam nos netos, trazendo esperança, alegrias e vida.
Tudo o que vem da vovó é feito de amor em dose dupla. Inesquecíveis são os docinhos, ao gosto de cada neto, os bolos, a roupinhas de tricô ou crochê, a pipoca quentinha, as histórias contadas mil vezes, a preocupação constante e o carinho diferente com sabor de melado. Às vezes a vovó satisfaz tanto o gosto dos netos que a filha diz que ela é que estraga os netos. Engano. Vovó não estraga, coloca-os mais felizes porque sabem que junto da vovó a segurança é total, as “artes” são relevadas, a peraltices são entendidas e a zanga do pai é amortecida pelos argumentos cheios de sabedoria. Quando o pai briga ou quer dar castigo, há sempre uma discussão com a vovó que não permite judiar dos netos. As lágrimas deles são sempre secadas pelos beijinhos mais doces e promessas de inventar alguma coisa que compense o choro.
Dizem os psicólogos que as crianças que experimentam o convívio com os avós, serão adultos mais felizes. O maior presente é uma infância feliz, e a vovó e seus mimos são um ponto que garante uma vida adulta segura e confiante.
Passear na casa da vovó é uma delícia! Os netos amam. Ganham todos os agrados e, à noite, ouvem histórias, casos divertidos e dormem no canto da vovozinha. Naquele cantinho abençoado, o sono tem o sopro da vovó, que é um anjo da guarda de carne e osso.
Entrevistas com jovens revelam sempre a presença da vovó como fato que promove a felicidade. Ela é sempre a lembrança que aquece e a saudade que não morre.
O avô também é importante. Ele sabe empinar pipas com os netos, fazer joguinhos, levar ao parque e conversar. Fala-se mais na vovó porque, culturalmente, a mulher tem mais formas de agrados na cozinha e nos dias comuns.
Atualmente, os avós têm assumido tarefas novas com os netos. A vida de hoje exige muito dos pais que trabalham fora de casa, então os avós tomam conta dos netos com maior frequência. E, devido às exigências do mundo de hoje, os avós têm ajudado também nas despesas da casa. O dinheirinho dos avós têm ajudado muito os netos.
Sou muito feliz por ser avó. Faço tudo quer posso para ver os netos alegres, sorridentes. Agradeço a Deus a alegria que sinto com meus netos. Eles me enchem de entusiasmo e fazem meus dias mais cheios de esperança e oração. Não sei de onde vem um carinho tão diferente, imenso e com vontade de inventar agrados. Eles são a recompensa pelos dias vividos, pelas lutas e acertos.
Que as bênçãos de Deus caiam sobre os avós, dando-lhes saúde, entusiasmo e vida longa, para que possam, por muitos anos, dedicarem a bênção e o amor incondicional aos netos.
A todos os avós dedico a poesia seguinte, de autor desconhecido, mas cheia de verdades.
Ser avó
Ser avó é voltar a ser criança,
é fazer tudo pelo neto amado,
é provar a vida de esperança
é viver todinho o seu passado.
Ser avó é sentir felicidade,
é conhecer o amor doce e profundo,
e viver de carinho e ansiedade,
é resumir nos netos o seu mundo.
Ser mãe é dar o coração, eu creio.
ser avó é sonho abençoado,
é viver de ilusão num doce enleio,
é viver no neto o filho amado.
Marilene Godinho