Jovem mente para acobertar traição e diz que foi estuprada
SANTA RITA DE MINAS – Um caso atípico chamou a atenção da Polícia Militar, em Santa Rita de Minas, na manhã de ontem, quando uma jovem inventou que havia sido estuprada e chegou a chamar a PM para fazer a denúncia, quando na verdade, o “suposto autor” era seu amante.
Segundo o sargento Júnior, na madrugada de ontem, por volta das 2h, a PM foi acionada pelo Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) em Caratinga, relatando que uma jovem teria sido vítima de um estupro no Córrego do Retiro, praticado por um indivíduo armado que teria entrado em sua casa.
As equipes do tenente Vicente e do sargento Ricardo foram ao local para coletar as primeiras informações e a busca pela autoria dos fatos e foi montada uma operação entre os destacamentos de Santa Rita de Minas e Santa Bárbara do Leste. “Fomos ao local onde reside o “suposto autor” e obtivemos informações que realmente ele esteve lá no Córrego do Retiro, dormindo na residência de uma tia onde chegou na noite desta quinta-feira (15) e saiu na manhã de hoje (ontem). Uma coisa que já tinha sido notada pelos militares era que os horários divergiam, coletamos os dados e soubemos que Jaina tem um relacionamento amoroso com ele, sem que o marido soubesse”.
Ainda segundo o sargento Júnior, uma testemunha relatou que na semana passada o “suposto autor” tinha dormido com a vítima.
Jaina Gomides, 20 anos, disse que seu esposo é muito nervoso, por isso decidiu falar que era estupro. “Meu marido foi para Caratinga resolver um negócio, quando ele voltou comecei a chorar e contei, mas falei que era estupro, agora não tenho o que fazer, vou colocar o pé na cadeia pela primeira vez”, disse Jaina
Sidnei Paula de Oliveira disse que vai se separar de Jaina e ir embora de Santa Rita de Minas. “O sargento Júnior que me contou que não era estupro, ela poderia ter prejudicado o cara, vou deixar isso pra lá, eu já desconfiava dos dois, mas não quero confusão”, disse Sidnei.
Jaina foi presa e conduzida à delegacia de Polícia Civil pelo crime de denunciação caluniosa, cuja pena é de dois a oito anos de prisão.