CARATINGA – Durante toda essa segunda-feira (8), a Polícia Civil, esteve junto com peritos da Cenipa – Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, realizando trabalhos de investigações nos destroços da aeronave em que viajavam a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas na última sexta-feira (5).
O delegado regional Ivan Sales passou a tarde na empresa de guincho que retirou a aeronave e os dois motores do córrego do Lage, zona rural de Piedade de Caratinga; e ao sair conversou rapidamente com a imprensa.
O delegado disse que está cumprindo o que estabelece o Código Brasileiro de Aeronáutica, no sentido de que se o Cenipa deliberou pela investigação, eles têm preferência pelos destroços, sem prejuízo também da Polícia Civil realizar a perícia, como foi feito. “Então acordamos com a Cenipa de que a aeronave vai ser destinada ao Rio de Janeiro para que eles realizem a perícia, e porventura se a Polícia Civil achar necessário realizar outras perícias, também o fará, a aeronave estará à disposição. As investigações são independentes, mas elas ocorrem de forma paralela, ou seja, eles investigam no sentido de prevenir novos acidentes, a Polícia Civil investiga no sentido de apurar eventual responsabilidade criminal. Então certamente eles vão nos requisitar laudos necroscópicos, são laudos que nós fizemos, e certamente iremos requisitar a eles laudos específicos da aeronave, que a expertise deles”, afirmou Ivan Sales.
Ainda segundo o delegado, a investigação procede agora com os laudos periciais, com oitivas de eventuais testemunhas, e arrecadação de documentos, no sentido de na parte da Polícia Civil apurar a responsabilidade criminal. “A gente entende a expectativa de todos com relação a essa apuração, mas é preciso entender que a Polícia Civil quer sim dar uma reposta célere, mas isso não significa uma reposta rápida, uma reposta célere é a repostada mais técnica, no menor tempo possível. A gente não vai atropelar, mas vamos fazer o melhor trabalho possível, no menor tempo possível, mas de forma técnica, que pode demandar um tempo”, informou o delegado.
Ivan Sales acrescenta que só será possível dar um posicionamento quando os laudos periciais começarem a ficar prontos, quando serão descartadas hipóteses para ter uma linha de investigação a seguir.
O delegado concluiu dizendo que de fato tem um cabo enrolado na hélice, mas que só poderá afirmar que é o cabo que se rompeu, quando tiver o laudo pericial.
- Delegado Ivan Sales fala a respeito das investigações