Caso Câmara aprove o pedido, Guerra será afastado da Comissão, que analisa quebra de decorro parlamentar do vereador condenado
CARATINGA- Na reunião de hoje, os vereadores irão deliberar sobre o incidente de exceção de suspeição do vereador Sebastião Inácio Guerra (PROS), presidente da Comissão Parlamentar Processante (CPP), instaurada com o objetivo de apurar denúncia de infração político-administrativo envolvendo o vereador afastado, Ronilson Marcílio (PTB).
O pedido foi protocolado pela defesa de Ronilson (que atualmente cumpre regime semiaberto na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac)), baseado no argumento de que Guerra teria concedido uma entrevista a um órgão de imprensa, demonstrado parcialidade em relação ao caso.
De acordo com o advogado Dário Júnior, no primeiro dia de oitiva de testemunhas, Guerra já “presumou” Ronilson, ou seja, deu uma ideia antecipada sobre os rumos da CPP. “Ele deu uma entrevista para uma emissora de TV dizendo que ele (Ronilson) é indefensável. Com base nessa situação, que inclusive não foi negada pelo vereador Guerra, ele admitiu; então acreditamos que ele não tem necessária imparcialidade para fazer parte da Comissão”.
Guerra terá oportunidade de se manifestar e apresentar aos vereadores as razões pelas quais considera que não deve ser afastado da CPP, que apura o pedido de cassação do mandato de Ronilson por quebra de decoro parlamentar. O pedido de afastamento será votado pelos vereadores que podem aceitá-lo ou rejeitá-lo. Caso seja aceito, a bancada deverá indicar outro membro para compor a Comissão.
A CPP instalada é composta ainda pelos vereadores Carlindo Izidoro Gonçalves (PT do B) e Mauro César do Nascimento (PDT).