CARATINGA – Domingo de finados (2) não foi somente de homenagens aos falecidos, na parte da manhã teve futebol no estádio Dr. Maninho. Santa Cruz e 1º de Maio começaram a decidir o certame da Liga 2014. Uma final inédita, envolvendo dois times que representam os maiores bairros da cidade. O Gorila da Santa Cruz chega pela primeira vez tão longe no campeonato. Comandado pelo técnico Webert Corrêa (Beto), o tricolor chegou empurrado pela torcida e cheio de confiança. Do outro lado, o alvinegro do Sal trouxe pra campo um ótimo time comandado pelo ex-goleiro, e agora jovem técnico Dedel. Primeiro campeão da Liga Caratinguense de Desportos em 1965, o time chegou a final invicto e com um ataque superpositivo. Portanto, a bola rolou para duas equipes que não sabiam oque era perder na competição.
O JOGO
A bola começou a rolar às 09h45. O Santa Cruz foi com tudo para o ataque; e logo no primeiro, Vinícius invadiu a área; Marquinhos Gouveia chegou forte e o árbitro Webert Carlos Vaz viu pênalti no lance. Gil cobrou com segurança. Bola alta no canto esquerdo do goleiro Fabiano que nada pode fazer. Transtornado, o zagueiro Marquinhos foi pra cima do árbitro precisando ser contido pelos companheiros. Mesmo assim, recebeu o cartão amarelo. Pelo tom das reclamações e agressões verbais, o zagueiro escapou de ser expulso antes mesmo do primeiro minuto de jogo. Daí por diante, foi um festival de reclamações, xingamentos, jogadas ríspidas, e pouco futebol no primeiro tempo. Visivelmente nervos, os jogadores do 1º de Maio passaram a primeira etapa inteira reclamando da arbitragem. Principalmente quando Silas também entrou na área, caiu, e o Webert Carlos Vaz mandou seguir o jogo. Muitos acharam que o lance foi muito semelhante ao do pênalti marcado a favor do Santa Cruz.
Na volta para a segunda etapa, o alvinegro do Sal voltou mais calmo procurando o gol de empate. Mesmo controlando as ações e criando algumas oportunidades de gol, o time do técnico Dedel esbarrou em mais uma grande atuação do goleiro Goiaba. Mesmo com os ânimos mais tranquilos, as reclamações continuaram de ambos os lados. Toda marcação era contestada aos gritos dentro e nos dois bancos. O clima esquentou ainda mais quando depois de sofrer uma falta, o lateral Marco Aurélio mesmo caído tentou revidar e foi chutado no chão pelo lateral Lucas do Santa Cruz. Houve invasão de quem estava no banco e o princípio de tumulto só foi controlado com a entrada em campo do policiamento. A partida ficou paralisada por mais de 10 minutos. Depois do recomeço, o alvinegro ainda tentou buscar o empate. Porém, mais uma vez não conseguiu passar pela forte defesa do tricolor. Ao final, o resultado de vitória do Santa Cruz por 1 a 0 foi muito comemorado pela torcida e pelo banco. Do outro lado, sobraram reclamações pra cima do trio de arbitragem. Domingo quem vem á última e decisiva partida com vantagem do empate para o Gorila que pode conquistar o primeiro título de sua história.
Santa Cruz: Goiba, Felipe, Antunes, Cabecinha e Wesley; Lucas, Juliano (Danilo), Dênis e Vinícius; Gil e Daniel. Técnico Webert Corrêa (Beto).
1º de Maio: Fabiano, Marco Aurélio, Ray, Marquinho e Gouveia; Vinícius (Pezinho), Testa, Cícero ( Luciano) e Edgar (Marquinhos); Silas e Denílson (Joãzinho). Técnico Dedel
Arbitragem: Webert Carlos Vaz, árbitro central, auxiliado por Demer Cristian e Engrácio Medina, não estiveram numa manhã feliz. Mesmo tendo dois auxiliares experientes, o central Webert se perdeu completamente na partida. A coragem que demonstrou ao marcar com convicção um pênalti antes do primeiro minuto de jogo, faltou para ser mais rigoroso com o zagueiro Marquinhos que soltou pra cima dele um monte de xingamentos. Sem falar das “peitadas e dedo na cara”. Quando perceberam a fragilidade emocional do árbitro, todos queriam apitar o jogo pra ele.
Rogério Silva
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