INHAPIM – A prefeitura de Inhapim, através da Secretaria de Cultura e Turismo promoveu na última quarta-feira (20), mais uma edição do projeto “Cultura na Praça”, e na oportunidade, reverenciou a cultura afro e suas ancestralidades. O projeto tem por objetivo levar música de qualidade, entretenimento e lazer de forma gratuita para a população.
A praça Padre Geraldo Homem de Faria, a conhecida “praça da matriz”, ficou lotada, e no palco passaram a garotada do projeto Baruibão com apresentações circenses e os integrantes do Grupo Afro “Tá no Sangue” do bairro Santo Antônio. Durante o evento teve gastronomia com as barracas de comidas típicas, artesanato e a música com a banda “Savassi” de Timóteo.
Segundo o prefeito Marcinho, esta edição do mês de novembro do projeto “Cultura na Praça” veio para celebrar o primeiro feriado nacional dedicado ao Dia de Zumbi e da Consciência Negra. “O 20 de novembro é um momento para refletirmos sobre a história de luta do povo negro e também sobre os desafios que ainda enfrentamos para conquistar uma sociedade verdadeiramente igualitária. A luta contra o racismo não é uma tarefa apenas dos negros e negras, mas de toda a sociedade brasileira. A responsabilidade de combater o racismo é de todos, e é por meio do engajamento coletivo que será possível construir um país mais justo, livre de discriminação e de violência racial. Neste Dia da Consciência Negra, é essencial não apenas lembrarmos dos heróis e heroínas do passado, mas também reforçarmos o compromisso com a construção de um futuro mais justo para todos”, disse o prefeito.
Teresinha de Fátima Vieira Ribeiro Martins, secretária de Cultura e Turismo disse que a edição do mês de novembro do projeto “Cultura na Praça” vem reforçar o combate às desigualdades e ao racismo. “O 20 de novembro é um dia que ressoa profundamente na história do Brasil. Marcado como o Dia da Consciência Negra, esta data representa muito mais do que uma simples comemoração. É um momento de reflexão sobre a história de resistência e luta do povo negro, mas também uma convocação para que a sociedade brasileira se engaje ativamente na promoção da igualdade racial, no combate ao racismo e na valorização da cultura afro-brasileira. Escolhido em homenagem a Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, o 20 de novembro é uma data simbólica que nos remete à resistência negra contra a opressão, ao massacre histórico da escravidão e aos inúmeros desafios que a população negra ainda enfrenta. Zumbi, que lutou até sua morte em 1695, tornou-se um ícone de resistência e um exemplo de coragem na defesa da liberdade e da dignidade do povo negro. Seu legado está presente em cada movimento negro, em cada protesto, em cada grito por justiça e igualdade. No entanto, o Dia da Consciência Negra também é uma data de celebração. É uma oportunidade para reconhecer e valorizar as contribuições de negros e negras à sociedade brasileira, desde os tempos da escravidão até o presente. Embora o Brasil tenha abolido a escravidão em 1888, a população negra ainda carrega as cicatrizes dessa história de opressão, e a luta por igualdade segue sendo um desafio diário. Neste dia, celebramos as conquistas, as vitórias, mas também reconhecemos as injustiças que ainda persistem”, finalizou Teresinha de Fátima.