Diante da era digital, alunos do Centro Municipal de Educação Maria da Penha Ivone Abrão lançam livro físico onde contam suas histórias e experiências
BOM JESUS DO GALHO – Sim, vivemos na era da tecnologia. Computadores, tablets, celulares dão o tom, mas os livros físicos ainda têm um papel preponderante na Educação, pois proporcionam uma experiência de leitura mais imersiva e envolvente, permitindo que os alunos interajam de forma mais ativa com o conteúdo. E escrever e participar de um livro físico amplia a criatividade. Todas essas sensações foram vividas por alunos do Centro Municipal de Educação Maria da Penha Ivone Abrão, em Bom Jesus do Galho, que acabam de lançar ‘Histórias de Super Autores’, que teve até noite de autógrafos.
Pais, familiares e amigos dos alunos lotaram a praça Padre Dionísio Homem de Faria para o lançamento do livro, que aconteceu na noite desta quinta-feira (21). Este é um projeto pedagógico idealizado pela Biblioteca Pública Municipal Padre Assis Barbosa, por meio da bibliotecária Eunice Santana; da coordenadora do Centro Municipal de Educação Ivone Abrão, Márcia Garcia; e da secretária de Educação Silvane Mussi. O projeto contou com apoio da Prefeitura Municipal de Bom Jesus do Galho, que deu todo o suporte na edição e impressão dos livros. Esta iniciativa ainda contou com a colaboração dos professores Eunice Batista, Creuza Sirina, Ludmilla Nunes, Débora Auxiliadora, Jésus Divino.
Eunice Santana explica que com uma metodologia voltada para o desenvolvimento de habilidades da criança de forma autônoma, o projeto entrega muito mais do que apenas uma atividade escolar. “Além de promover o desenvolvimento linguístico e o interesse pela leitura e pela escrita, o projeto incentiva os alunos a lerem e escreverem cada vez melhor”.
Ela acrescenta que durante o desenvolvimento da aprendizagem, a criança deve ser protagonista para que ela não seja apenas participante, mas sim, ator principal do seu processo educacional. “É claro que pais e professores continuam como um ponto principal de mediação entre os conhecimentos e o aluno. Mas quando o protagonismo infantil é incentivado, a criança tem mais oportunidades para desenvolver conhecimentos empíricos e trabalhar sua curiosidade”.
E sobre a escolha deste tipo de livro, Eunice Santana foi categórica: “Nós podemos pegar os livros impressos nas mãos, sentir a textura das suas páginas ao folheá-las, cheirar o livro e guardá-lo lindamente em uma estante. Argumentos indiscutíveis, afinal no livro digital, não existe nada disso”.
OS ESCRITORES
Os escritores ficaram encantados com a participação no livro, como também da sessão de autógrafos. Allana dos Anjos Corrêa atestou: “Escrever o meu primeiro livro foi bem legal, muito divertido e interessante, pensar na minha história e dar vida as páginas em branco; e ao ver o livro pronto e compartilhar com amigos e familiares essa conquista foi um momento único e que sempre irei lembrar. Fiquei muito feliz por ter tido essa oportunidade!”
João Vítor Costa Quiorato Garcia disse que foi uma noite inesquecível. “A noite de autógrafos celebrou o lançamento do meu primeiro livro, fruto do projeto incrível da minha Escola, biblioteca em parceria com a Prefeitura Municipal. Da página em branco à magia das palavras e ilustrações, viver a jornada de criar um livro do zero foi uma experiência única e encantadora que lembrarei pelo resto da minha vida. Só tenho que agradecer a minha família pelo incentivo”.
Num dos trechos de “A Menina que Roubava Livros”, de Markus Zusak, tem um trecho que diz: “As palavras sempre ficam. Lembre-se sempre do poder das palavras. Quem escreve constrói um castelo, e quem lê passa a habitá-lo”. Sendo assim, esses super autores escreveram e eternizaram histórias e construíram castelos em que muitos irão habitar.