Família pede assistência e relata dificuldades para custeio de tratamento
CARATINGA- Uma família que reside à Rua Francisco Victor de Assis, Bairro Vale do Sol, precisa de ajuda. Os pais necessitam de cuidados especiais para a filha Maria Alice, de 1 ano e dois meses, que tem a saúde debilitada. Inclusive, no momento, a garotinha está internada.
Elisângela de Paula, mãe de Maria Alice, recebeu a reportagem e relatou as dificuldades encontradas no tratamento. Ela explica que teve uma gestação tranquila e aparentemente dentro da normalidade e que somente no final da gravidez foi alertada para um diagnóstico de microcefalia. Foi o início de complicações que seguiram do parto até o nascimento. “Faltando uma semana para ganhar ela, o médico falou que não estava nada bem, que tinha que ganhar ela de Ipatinga pra fora. Não tinha como fazer nada, era só colocar nas mãos de Deus e fazer da vontade Dele. Tive complicações, induziram meu parto, dei hemorragia, quase morremos”.
Apesar do diagnóstico, Elisângela acredita na recuperação da filha. “O médico falou que a microcefalia dela, de acordo que vai desenvolvendo e crescendo há chance de sumir. Eu tenho fé, porque não dá para acreditar. Fiz tudo, até o morfológico, tudo normal e faltando uma semana para ganhar ela o médico me dá essa notícia. O que você faz? Fica doida, não tem mais o que fazer”.
Após o parto, Maria Alice precisou ficar internada por 10 dias e o contato com a mãe era difícil. “Os dias que dava para ir lá ver ela eu ia, porque eu fiquei na roça na casa da minha prima, não tinha como ir todos os dias de resguardo, cesárea, tinha dia que estava chovendo muito”.
À medida que ia se desenvolvendo, a criança apresentou outros problemas de saúde relacionados a doenças respiratórias, o que também tem prejudicado na sua qualidade de vida. “Ela comia e mamava normal, porém, ia para o estômago e um pouco para o pulmão, como ia acumulando e causando pneumonia, assim ela teve que fazer a gastro e a traqueo também por causa do grande esforço respiratório que ela tem”.
No dia a dia, são inúmeras as dificuldades, pois Maria Alice necessita de diversos cuidados, o que acaba exigindo extremo esforço físico e mental de Elisângela. “Tenho que ficar mais por conta dela, arrumo o que der para arrumar em casa porque a prioridade é ela, fico 24 horas cuidando dela, portanto, não tem como nem dormir. Como dorme com a criança desse jeito? A gente dá aquela cochilada”.
O sonhado quartinho de bebê precisou ser adaptado para um quarto de hospital com todos os equipamentos e insumos necessários. Os custos de rotina são altos, e ela relata falta de assistência. “Ela fica no oxigênio 24 horas. Acompanhamento médico em casa é uma vez no mês, durante o tempo que estou com ela vieram aqui só duas vezes. Fisioterapia respiratória que ela precisa muito não está tendo. Eu que faço tudo. Preciso de médicos, enfermeiros, fisioterapia. Tem um remédio que ela usa que não temos condições de comprar, vamos dar um jeito de entrar na Justiça porque é muito caro. Custa R$ 155, se der para uma semana é muito, só esse, porque ela tem uma lista de remédios. Juntando as outras despesas dela não fica por menos de R$ 2.000 por mês”. O marido de Elisângela se esforça para o sustento da casa. Eles contam com a solidariedade de algumas pessoas para suprir todas as despesas. “Eu não trabalho porque não tem como. As despesas ficam muito altas, não recebo Bolsa Família, mesmo se eu recebesse o que você faz com esse dinheiro, nada. Tanto que gasto com ela. Não consegui o benefício dela no INSS. São as pessoas que me ajudam com ela. Vivemos com um salário, pago R$ 400 de aluguel, tenho outra filha que estuda com material de escola para comprar. O leite que a Maria Alice toma custa mais de R$ 50 a lata e dá para três dias. O que nos alivia mesmo são as pessoas ajudando”.
Maria Alice segue internada. As internações acontecem vez ou outra e apresentam mais uma dificuldade para Elisângela, a começar pelo deslocamento. “Ela ficou três semanas em casa e voltou para o hospital de novo. Estava ainda com infecção e mandaram ela para casa. Agora ela está internada desde segunda-feira pela infecção e bactéria, por causa da pneumonia. Não dá para entender que ela fez três cirurgias e continua indo pra o pulmão. Vamos ter que arrumar um médico de pulmão para olhar isso, porque não está resolvendo nada. E ela está sem previsão de alta, chegou ruim. Eu tive que chamar o bombeiro para levar ela, porque eu tinha que carregar o oxigênio que é grande. E chegando no hospital, não tinha pediatra para atender ela. Primeiro é Deus, médicos melhores até hoje que já vi cuidando dela com maior carinho são só doutora Eidi e doutor Márcio Brandão. Todas as vezes que precisei nunca me negaram”.
Quem puder contribuir com a família pode fazer contato pelo telefone (33) 99936-2836 ou diretamente no endereço, Rua Francisco Victor de Assis, 96, apartamento 3. “Se eu não tiver em casa, pode me procurar na maternidade, porque no momento a Maria Alice não pode receber visita”, finaliza.