MANHUAÇU – O corretor de café Juarez Gomes, 62 anos, foi assassinado na tarde de sexta-feira (29). O crime aconteceu no km 58 da BR-116, entre os distritos de Realeza e Vilanova, trecho que corta o município de Manhuaçu. A polícia trabalha com algumas teses sobre o crime, a principal delas seria latrocínio, já que a vítima havia acabado de sacar uma considerável quantia em dinheiro. Juarez residia em Manhuaçu, mas era muito conhecido em toda a região devido ao seu trabalho.
Por volta das 15h30, a Polícia Militar foi informada a respeito do crime. Várias viaturas foram até o local e encontraram equipe da Polícia Rodoviária Federal. A vítima estava no banco do motorista de um Jetta. Os bombeiros militares constataram que a vítima não apresentava os sinais vitais. Logo em seguida chegou a perícia técnica a Polícia Civil.
O CRIME
Segundo informações da PM, Juarez conduzia seu veículo Jetta, quando parou às margens da rodovia para o desembarque de uma mulher que ele tinha dado carona em Realeza. Neste momento chegaram dois indivíduos em uma motocicleta, que anunciaram o assalto e apontaram a arma de fogo para vítima. Percebendo a ação dos criminosos, Juarez acelerou o veículo em fuga, quando um dos autores efetuou um disparo que atingiu as costas da vítima. Após atingida, a vítima ainda continuou conduzindo o veículo pela rodovia e a cerca de 300 metros do local do disparo de arma de fogo, começou a desfalecer e perdeu o controle direcional, vindo a colidir em um V/W Saveiro que vinha sentido contrário e rodou na pista.
Juarez veio a óbito. Havia uma mulher no banco do carona, que não se feriu. Já o condutor da Saveiro foi conduzido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com dores na região lombar.
A equipe PRF adotou todas as providências no local do crime, sendo que durante os trabalhos foi localizado no veículo da vítima, no porta objetos da porta do motorista, um envelope pardo contendo a grande quantia em dinheiro.
LEVANTAMENTOS
De acordo com os levantamentos feitos pela PM, Juarez sacou 48 mil reais no banco Bradesco, em Realeza, e iria fazer pagamentos no distrito de Dom Corrêa. Por volta de 15h, ele saiu em seu veículo Jetta. Logo em seguida, próximo ao radar da BR-116, ainda em Realeza, parou para dar carona a uma mulher que ele conhecia. No mesmo instante, outra mulher estava no ponto e também pediu que a levasse. Essa mulher não tinha sido identificada até o final dessa edição.
A testemunha que estava no veículo no momento do disparo, relatou aos policiais, que assim que a vítima parou o veículo no acostamento para a passageira descer, os autores chegaram e um deles disse à vítima: “desce do carro”. Esse autor apontou um revólver para Juarez, mas ele acelerou o veículo e foi efetuado o disparo que atingiu a vítima.
Foram verificadas câmeras do posto de gasolina na BR-116, câmeras de residência em uma rua abaixo de local onde ocorreu o disparo e câmeras no trevo do distrito de Vila Nova, sem que nelas aparecessem imagens dos autores. Quanto à passageira que desceu do veículo antes dos disparos, há relatos que ela trabalharia em Realeza, mas após consultar vários comércios e outros locais, não foi identificada.
Foi feito intenso rastreamento, mas nenhum suspeito tinha sido detido até o final dessa edição.