Presidente da Associação, Rosilange Ferreira Maia de Souza destacou problemas enfrentados
Associação dos Produtores Rurais e Agricultores Familiares esteve na Câmara de Caratinga, na noite da última terça-feira (22)
CARATINGA- A Associação dos Produtores Rurais e Agricultores Familiares da Região do Córrego Volta Grande esteve na noite da última terça-feira (22), na reunião da Câmara de Caratinga. O objetivo foi chamar a atenção dos vereadores sobre as necessidades que eles consideram urgentes para a comunidade. Os problemas estão ligados à infraestrutura e transporte.
A comunidade do Córrego Volta Grande, que fica nas proximidades do distrito de Patrocínio, zona rural de Caratinga, decidiu reivindicar pessoalmente junto à Câmara, após inúmeras tentativas em agendar um horário junto ao prefeito de Caratinga, Dr. Welington (DEM) e vereadores. Eles apresentaram ofício, requerimento e um abaixo assinado numa forma de documentar a reclamação e acreditando que o Legislativo possa ser um canal, para que as informações cheguem ao Executivo.
Comunidade reivindica patrolamento das estradas, regularidade do transporte escolar e investimento na estrutura das escolas
O requerimento destaca que as estradas estão “cada vez piores”, devido ao “descaso dos governantes”. “É preciso que seja feito em todo o município patrolamento decente e uma fiscalização, através de criação de leis que protejam as margens das estradas contra moradores que jogam a rede de esgoto nas vias, visto que toda a população do município depende de uma boa estrada para ter acesso aos direitos básicos”.
De acordo com a presidente da Associação, Rosilange Ferreira Maia de Souza, as más condições das estradas ainda têm reflexo no transporte escolar, outro problema enfrentado pela comunidade. “A patrola passa uma vez ou outra. Não é com compromisso e quando passa faz o serviço mal feito. Este ano inclusive não teve ainda o patrolamento lá. A gente precisa que a Prefeitura libere as máquinas para fazer o patrolamento com máxima urgência, porque as estradas estão muito difíceis de transitar, além de pontes caídas pelo caminho colocando em perigo o ônibus que carrega os estudantes. E o transporte escolar, além de desorganizado, inclusive tive que tirar meu filho da escola por causa de transporte; quebra e fica a semana toda sem arrumar. Fico sem saber se o problema é da cooperativa ou da Prefeitura, porque a gente liga para a cooperativa eles falam que o problema é da Prefeitura e quando ligamos para a Prefeitura, eles falam que o problema é na cooperativa. A gente precisa que seja resolvido isso, pois quebra demais, fica muito tempo parado e os alunos ficam prejudicados,”.
A presidente da Associação ainda denuncia que o ônibus, que fazia o transporte de alunos do Suísso para a Escola Estadual Maria Alves da Silveira, situada no Córrego do Rio Preto teria sido substituído por veículo velho e sem condições de trafegar com segurança. “O ônibus está desde 2015 atrapalhado, não arrumaram e substituíram por um ônibus velho, que causa risco para as crianças. Até hoje não foi solucionado o problema”.
A comunidade ainda pede um olhar atento à infraestrutura das escolas municipais da zona rural. Rosilange destaca que melhorias necessárias nas instituições de ensino acabam sendo feitas com campanhas promovidas pelços moradores. “Sempre que há necessidade de reforma de muro ou outra reforma, às vezes a escola tem que fazer rifa, bingo, para arrecadar dinheiro e arrumar ou fica o descaso, como é o caso da Escola Maria Aparecida de Oliveira, conhecida como escola do Zé Quitério, que está com o muro caído há vários anos. Já foi alguém lá, olhou, mas não resolveu e precisamos que seja resolvido, pois corre o risco de até machucar as crianças que estão lá”.
NOTA DA PREFEITURA
A reportagem entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Caratinga, que emitiu a seguinte nota:
“O patrolamento das estradas da região de Santa Luzia começa na próxima semana, seguindo o cronograma da Secretaria de Obras. A Prefeitura de Caratinga recebeu boa parte dos veículos sucateados, mas está colocando as máquinas existentes para trabalhar e recuperando as demais”.
