BOM JESUS DO GALHO – O coordenador e treinador do ‘Bom de Bola, Craque na Escola’, Lalado Tristão, Geraldo Eustáquio Tristão, mais conhecido como Lalado Tristão, acaba de anunciar a aquisição de novos uniformes para os participantes do projeto. Em entrevista ao DIÁRIO DE CARATINGA, Lalado, que há mais de 30 anos se dedica às escolinhas de futebol, destaca a ressalta a importância do Bom de Bola, que motiva crianças, jovens e adolescentes a estudar e praticar esporte.
Lalado, como você avalia a realização do Bom de Bola, Craque na Escola em Bom Jesus?
Avalio positivamente, pois o projeto tem alcançado os seus objetivos, animar as crianças a estudar para se manter no Bom de Bola e, claro, a ser bem sucedido na vida, principalmente no que diz respeito ao caráter.
Quantos jovens participam do Bom de Bola?
Temos uma turminha boa, 32 alunos no futsal, que na quadra se dividem em duas equipes de 16 cada, e 142 alunos na escolinha de futebol de campo.
Qual a idade dos alunos contemplados com o Bom de Bola?
Os alunos do futsal têm entre 6 e 17 anos e 6 meses, que são agrupados segundo faixa etária. No campo, temos a turma de 13 a 15 anos e de 16 a 17 anos.
Quais são as condicionalidades para que os alunos possam se manter no projeto?
Os meninos precisam ir bem na escola, alcançar boas notas. Caso isso não aconteça, eles são afastados do projeto, fato que motiva muitos os alunos a se dedicar mais aos estudos. Todos querem ter sua vaga garantida no Bom de Bola.
Você realiza visitas periódicas aos alunos do projeto?
Sim, quando um aluno não está indo bem na escola, vou à casa dele onde me reúno com seus pais e com o próprio aluno. Procuro envolver a família no projeto, motivo os pais a ir aos treinos, pois esse apoio é fundamental para o sucesso, o desenvolvimento da criança e ainda a melhor sua autoestima. Nesses encontros, pais e filhos abrem o coração e compartilham seus sentimentos, falam dos desafios do dia a dia. Sou sempre muito bem recebido, e os resultados são muito positivos. Com o apoio da família, aquele aluno que perdeu nota e foi afastado do projeto acaba recuperando suas notas e voltando para o Bom de Bola, ganhando brindes por ter superados suas dificuldades. Só no ano passado, foram cerca de 50 visitas realizadas aos alunos que apresentavam alguma dificuldade na escola.
As crianças demonstram sempre maior interesse pelo esporte?
Muitos sim, mas digo a eles que a escola precisa vir em primeiro lugar. O esporte é o prêmio para quem vai bem nos estudos, porque as atividades físicas promovem a saúde, mas têm também um caráter de lazer. Por isso, soam como um troféu para quem se dedica à escola.
Qual desafio você destacaria na realização do projeto Bom de Bola?
É alcançar mais crianças, pois esse projeto não tem como principal foco formar campeões do esporte, mas formar pessoas de bem, que se mantenham longe das drogas, que saibam se relacionar bem umas com as outras. Sempre digo à turma, precisamos tratar o outro como gostaríamos de ser tratados. Trato bem as pessoas, porque gosto de ser bem tratado. Aconselho ainda os meninos a obedecer seus pais que desejam a eles todo o bem do mundo. Assim, vamos criando uma relação de amizade, coisa de pai para filho.
Você diz que usa das competições como lições de vida para os alunos-atletas?
Sim. Digo a eles que, tanto no campo quanto fora do campo, na escola, na vida, precisamos ser dedicados para que nossos objetivos sejam alcançados. Com dedicação, alcançamos nossas vitórias. Claro que não vamos sempre vencer, mas o importante é ter determinação e não desistir do que nos propusemos a realizar.
Como os interessados podem se inscrever no Bom de Bola?
Basta comparecer no Cras (Centro de Referência de Assistência Social), importante apoiado nosso, ao lado do prefeito Willian, do diretor de Esportes, Genivaldo. Os treinos acontecem sempre às quartas-feiras e aos sábados.