A prefeitura de Caratinga continua firme na luta contra o Aedes aegypti e pede a participação da população para que o município não tenha epidemia de doenças e planeja mutirão de limpeza na cidade com a participação da Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Urbanos
CARATINGA – A Prefeitura de Caratinga, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e do Departamento de Controle da Dengue, divulga os resultados do último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa). O Índice de Infestação Predial em Caratinga ficou em 1,3%. Os
dados foram coletados nos dias 19, 20, 21 e 22 do mês de outubro. Este valor indica que dos 1.608 imóveis visitados pelos agentes em 21 deles (1,3%) foram encontrados focos do Aedes aegypti, o mosquito transmissor do vírus causador da dengue, da febre chikungunya, febre amarela urbana e da febre Zika, ou Zika vírus.
De acordo com o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue em Caratinga, Romagno Alves Costa, no município ainda não foi registrado nenhum caso da febre Zika, mas é preciso que a população colabore na luta contra o mosquito. O Ministério da Saúde preconiza para o LIRAa um índice de menos de 1%. Acima de 1%, considera-se que a cidade tem um médio risco de epidemia de dengue. “Após as chuvas nestes últimos dias, se aumentar o calor, aumentam os riscos, por isto, é preciso que a população esteja sempre alerta e que continue colaborando com as ações preventivas que o Controle da Dengue está sempre divulgando em campanhas”, alerta.
MUTIRÃO CONTRA A DENGUE
O coordenador do Controle da Dengue em Caratinga esclarece que a maior parte dos focos do Aedes aegypti se encontra no lixo. “O índice D2 refere-se aos focos encontrados no lixo. Com base nesta informação, o Departamento de Controle da Dengue entrou em contato com o Departamento de Limpeza Urbana da Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Urbanos para juntos realizarem mais um mutirão de limpeza em lotes vagos e em outros locais necessários para diminuir os pontos de focos do mosquito transmissor da dengue. Estaremos percorrendo todos os bairros com um mutirão de Servidores Públicos realizando visitas domiciliares em residências com quintais, limpeza em lotes e outros locais considerados de alto risco, como floriculturas e oficinas mecânicas, por exemplo”.
Os focos intradomiciliares, ou seja, dentro das casas ainda são os mais encontrados pelos agentes. “Novamente convocamos os moradores a vistoriar suas casas e evitar poças de água acumuladas na laje, evitar armazenar pneus em garagens ou quintais. Em algumas casas encontramos mais de um local com focos, dado preocupante”, avisa Romagno Alves. “Muitos focos são encontrados em caixas d’água ou em vasos sanitários que não são utilizados. Lembramos que as caixas d’água devem ser bem vedadas e que os vasos sanitários que não são utilizados devem ser vedados com plástico-filme”.
AGENTES RECOLHERAM DADOS PARA O LIRAa
Os dados coletados pelos agentes do Controle da Dengue fazem parte do Índice de Infestação Predial em Caratinga. “O resultado (1,3%) é um valor que indica a quantidade de imóveis com a presença do Aedes aegypti. É preciso que a população de Caratinga esteja sempre alerta e que continue colaborando com as ações preventivas, permitindo que os agentes do Controle da Dengue entrem em sua residência e realizem o trabalho”, reforça Romagno Alves.
Em caso de dúvida o morador pode entrar em contato com o Departamento de Controle da Dengue pelo telefone 3329-8113 e pedir mais informações sobre o trabalho dos agentes que se encontram à porta de sua residência naquele momento.
CUIDADOS NA LUTA CONTRA A DENGUE
– Não manter água no prato das plantas; colocar areia no prato.
– Fazer o tratamento com Cloro na água da piscina.
– Verificar com regularidade as caixas de água e mantê-las bem tampadas.
– Não descuidar dos banheiros menos usados, verificando o vaso sanitário e os ralos regularmente.
– Limpar os quintais, retirando frascos ou pontos que possam acumular água.
SAIBA MAIS SOBRE A “FEBRE ZIKA” OU “ZIKA VÍRUS”
Febre Zika é uma infecção causada pelo vírus ZIKV, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue da febre chikungunya. O vírus Zika teve sua primeira aparição registrada em 1947, quando foi encontrado em macacos da Floresta Zika, em Uganda. Entretanto, somente em 1954 os primeiros seres humanos foram contaminados, na Nigéria. O vírus Zika atingiu a Oceania em 2007 e a França no ano de 2013. O Brasil notificou os primeiros casos de vírus Zika em 2015, no Rio Grande do Norte e na Bahia.
Apesar de a doença ter chegado ao Brasil, ela não é uma preocupação tão grande quanto a dengue, uma vez que seus sintomas são brandos e duram pouco tempo. Os maiores incômodos são febre baixa, coceira e comichão na pele, além de manchas avermelhadas. É necessário, contudo, ficar atento com as contaminações combinadas – dengue, febre chikungunya e Zika vírus – uma vez que os efeitos dessas infecções em conjunto ainda não são conhecidos.