CARATINGA – A madrugada de ontem começou violenta. Cleber Pereira da Silva, 33 anos, foi morto e Arilson Gonçalves de Moura, 45, ficou gravemente ferido após confusão em um bar localizado na Avenida João Caetano do Nascimento, Bairro Limoeiro.
Quando os policiais militares chegaram ao local, depararam com duas pessoas feridas e caídas ao chão. Os bombeiros foram acionados e levaram as vítimas ao Pronto Atendimento Microrregional (PAM), onde Cleber, mais conhecido por ‘Binha’ e que era funcionário do Guincho Car, morreu ao dar entrada. Arilson, que é o dono do bar onde houve a confusão, foi transferido para o bloco cirúrgico do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora.
Uma testemunha, 55, esposa de Arilson, disse que havia um casal dançando no bar e que um homem, 64, teria elogiado a maneira em que o casal dançava. Ainda segundo a testemunha, a mulher ficou insatisfeita com o elogio, pois entendeu que o comentário fez certa ironia com seu parceiro, e tentou agredir o homem. O companheiro dessa mulher também participou do ato. De acordo com a testemunha, Cleber apartou a briga e retirou do local a pessoa que estava sendo agredida.
Após a briga ser contida, o casal foi embora. Instantes depois, a mulher voltou acompanhada de dois homens, que estavam em duas motos. Conforme a testemunha, um desses homens, que é alto, claro, magro e estava de posse de, provavelmente, uma pistola .380, desferiu um tiro no peito e outro no ouvido esquerdo de Cléber. Em seguida, o autor correu atrás de Arilson e efetuou vários disparos, que acertaram o punho direito, ombro esquerdo, face, coxa direita e as costas da vítima.
Após os crimes, os autores fugiram pela MG-329, sentido Bom Jesus do Galho. Num comércio próximo existem câmeras de segurança e as imagens foram solicitadas pela polícia para ajudar identificar os autores. Conforme relatos, a mulher é morena e vestia calça preta e blusa clara de malha. Os militares também ouviram o homem que proferiu tal elogio, mas ele alegou que ingeriu bebida alcoólica e não presenciou o momento em que houve os disparos.
A Polícia promoveu rastreamento, mas até o final dessa edição os autores não tinham sido detidos.